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Para marcar os 10 anos do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, a Prefeitura de Manaus realizou nesta sexta-feira, 27/5, uma programação especial, com seminário e homenagens, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), no bairro Flores, na zona Centro-Sul.
O evento, coordenado pela Escola de Saúde Pública (Esap), vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), reuniu, além dos médicos e residentes do programa, representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM), Comissão Estadual de Residência Médica (Cerem/AM), Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES/AM), Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (Cosems/AM), Liga Amazonense de Medicina de Família e Comunidade (Lamfac), profissionais e gestores da Rede de Atenção Primária à Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, abriu oficialmente a programação e destacou que o profissional de Medicina de Família representa o olhar do poder público na Atenção Primária, uma vez que esse profissional, ao atender um usuário, considera não apenas a doença, mas também uma série de fatores que impactam na saúde individual e coletiva.
“Ao atuar na Atenção Primária, o profissional médico considera os vários aspectos que tornam uma população vulnerável às doenças. Ou seja, a saúde não se restringe à ausência de doença e está relacionada aos hábitos e outras questões sociais. É uma concepção que se alinha à visão de integração que o prefeito David Almeida reforça: que as secretarias realizem ações interinstitucionais, agindo para que o território favoreça a saúde. E nesse aspecto o Programa de Medicina de Família tem uma contribuição muito grande para a qualidade de vida da população”, assinalou.
Para a diretora da Esap, Karina Cerquinho, a formação proporcionada pelo Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade contempla a integralidade do sujeito, o que significa o acompanhamento do usuário em todos os seus ciclos de vida, o que, para ela, é um dos aspectos mais positivos da iniciativa que já permitiu a formação de 51 profissionais médicos nesta especialidade, pela Semsa.
“A residência médica em Medicina de Família e Comunidade, que já existia antes da Esap, foi incorporada à escola, que é a gestora de alguns processos, dentre os quais, a seleção dos residentes, realizada em parceria com a Comissão Estadual de Residência Médica. Nós fazemos o acompanhamento no cenário de práticas com a frequência e a gestão do bolsista. Nós intermediamos o diálogo entre a residência e o cenário de prática”.
Mauro Magaldi, responsável pela coordenação da Comissão de Residência Médica da Semsa, que também é coordenador pedagógico do Programa de Residência, assinalou que o dia de hoje foi de celebração e que configura marco importante para o município.
“É importante frisar que desde o momento em que a Semsa criou essa residência, a secretaria, além de uma instituição assistencial, passou a ser formadora. Temos especialistas prontos para atuar na APS de Manaus, o que é motivo de orgulho”, enfatizou.
Dentre os homenageados durante a solenidade estavam a ex-secretária municipal de Saúde, médica Shádia Fraxe, que é egressa da residência em Medicina de Família e Comunidade, atuando por mais de 10 anos no atendimento a pacientes por meio da Estratégia Saúde da Família.
“Fiz parte da primeira turma de residência de Medicina de Família e Comunidade e certamente minha vivência na Atenção Básica de saúde me preparou para a oportunidade de fazer gestão pública e enfrentar os desafios desse campo e, em especial, o panorama de pandemia por Covid-19, que marcou o início da nossa gestão e que exigiu tantos esforços para ser contornado”, afirmou.
Resolutividade
Um dos destaques do evento foi a participação da presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Zeliete Zambon. Abordando o tema “O papel da residência em Medicina de Família e Comunidade na formação profissional do SUS”, ela destacou que Manaus está desenvolvendo um significativo trabalho de base para a promoção da saúde.
“Pelo que vi, Manaus está trilhando um ótimo caminho, e quem ganha com isso é o usuário do Sistema Único de Saúde, o SUS, porque tem mais resolutividade em seus atendimentos. Que mais profissionais se qualifiquem para que a rede fique mais fortalecida”, sintetizou.
Texto – Tânia Brandão/Semsa
Fotos – Camila Batista/Semsa
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