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Em Manaus, a Prefeitura está utilizando o Questionário de Suspeição da Hanseníase (QSH) como estratégia para identificar precocemente casos da doença e iniciar o tratamento antes que ela cause complicações irreversíveis. A medida, conduzida pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), busca superar o preconceito que muitas vezes dificulta o diagnóstico e a adesão ao tratamento.
A hanseníase, causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), é uma doença infecciosa crônica transmitida por secreções de pessoas infectadas e sem tratamento, como tosses ou espirros. O diagnóstico precoce é crucial, pois o início do tratamento com medicamentos como rifampicina, clofazimina e dapsona interrompe rapidamente o ciclo de transmissão.
Como funciona o questionário
O QSH é aplicado por agentes comunitários de saúde (ACSs) em unidades de saúde, escolas e durante visitas domiciliares. Ele avalia sinais e sintomas como manchas na pele, dormência e fraqueza muscular. Segundo Eunice Jácome, técnica do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, essa ferramenta não só agiliza o diagnóstico como também garante sigilo aos casos suspeitos.
“A aplicação do questionário é essencial, pois permite encaminhar rapidamente os casos suspeitos para confirmação e início do tratamento, evitando incapacidades físicas que impactam a qualidade de vida dos pacientes,” explicou Eunice.
Desde a implantação do QSH, em 2022, 130 pessoas foram encaminhadas para avaliação, resultando em 19 diagnósticos confirmados e tratados. Em 2025, um caso novo já foi diagnosticado e está em tratamento.
Importância do trabalho em campo
Os agentes comunitários desempenham papel fundamental nesse processo, realizando entrevistas domiciliares e levando informações educativas às comunidades. Além disso, participam de capacitações para fortalecer o vínculo de confiança com os moradores, um aspecto considerado essencial para o sucesso do tratamento.
“Nosso foco é evitar incapacidades físicas e sociais. Com a identificação precoce, o paciente não apenas inicia o tratamento rapidamente, mas também evita prejuízos emocionais e sociais causados pela doença,” destacou Djalma Coelho, subsecretário municipal de Gestão da Saúde.
Resultados positivos
O uso do QSH tem contribuído para a redução de novos casos de hanseníase com incapacidades físicas, um objetivo prioritário da Semsa. A iniciativa reforça o compromisso da Prefeitura de Manaus em garantir saúde de qualidade e combater o estigma que ainda cerca a hanseníase, promovendo dignidade e inclusão para os pacientes.
Fotos – Divulgação/Semsa
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