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Prefeitura de Manaus centraliza oferta de BCG em quatro unidades de saúde da rede municipal

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A fim de otimizar o uso da vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin), que protege contra formas graves de tuberculose, a Prefeitura de Manaus vai centralizar, a partir desta quinta-feira, 2/6, a oferta do imunizante em quatro unidades de saúde da rede municipal, que atenderão em dias específicos, das 7h às 13h.

A medida, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) tem o objetivo de evitar a perda de doses, uma vez que um frasco da vacina contém 10 doses com validade de apenas seis horas, depois de aberto.

“Já adotamos a política de concentração da oferta em poucas unidades, mas estamos reforçando a estratégia de otimização em razão de comunicado do Ministério da Saúde sobre a disponibilidade limitada deste imunobiológico no país”, explica a subsecretária municipal de Gestão da Saúde, Aldeniza Araújo.

Aplicação

A vacina BCG é indicada para recém-nascidos e desde 1977 faz parte do Calendário Nacional de Imunização, sendo obrigatória a sua administração nas crianças. O imunizante é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a meta é que a vacina chegue a, no mínimo, 90% do público-alvo.

Em Manaus, as maternidades públicas aplicam a vacina até 24 horas após o nascimento. Já os bebês nascidos em maternidades particulares devem ser levados a uma das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da rede municipal para receber o imunizante, ou retornar à maternidade onde nasceram, caso haja oferta do serviço por agendamento.

Todas as maternidades públicas da capital – sete estaduais e uma municipal – mantêm a vacinação de rotina em bebês, com atendimento diário aos nascidos na unidade, à exceção do hospital Chapot Prevost, na zona Leste, onde o serviço é agendado. Na rede privada, as maternidades Samel e Unimed também realizam agendamento e recebem as doses da Semsa para atender os bebês nascidos em suas unidades.

“Essa rotina de atendimentos reduz significativamente o público que precisa ir a uma UBS para ter acesso à BCG, por isso a centralização da oferta é indicada, especialmente com o alerta de baixa disponibilidade de doses no Brasil”, reforça a subsecretária.

Segundo Aldeniza, o comunicado do Ministério da Saúde sobre a disponibilidade reduzida da vacina foi feito via ofício (80/2022/SVS/MS) emitido em 29/4, onde o órgão informa sobre a dificuldade para aquisição do imunobiológico.

Atendimento

Os pais de bebês que não tenham sido vacinados com a vacina BCG nas maternidades logo após o nascimento devem observar o novo funcionamento das unidades com oferta da vacina.

A chefe da Divisão de Imunização da Semsa, Isabel Nascimento, informa que a UBS Leonor Brilhante, na zona Leste, passa a disponibilizar a BCG às segundas-feiras; a UBS Armando Mendes, na zona Norte, às quartas-feiras; a UBS Mansour Bulbol, na zona Oeste, às quintas-feiras; e a Policlínica Castelo Branco, na zona Centro-Sul, às sextas-feiras. Todas atenderão das 7h às 13h.


Na área rural, segundo Isabel, a estratégia da Semsa é diferenciada, com a realização de busca ativa das crianças ainda não vacinadas, que passa a ser feita todas as terças-feiras nas calhas dos rios Negro e Amazonas.

Em 2022 foram aplicadas mensalmente, em média, 3.045 doses de BCG, de acordo com dados da Divisão de Imunização. Nos primeiros quatro meses do ano, foi aplicado um total de 12.191 doses.

A recomendação do Ministério da Saúde é que a BCG seja administrada em recém-nascidos, mas a vacina pode ser usada em crianças de até 4 anos de idade que não tenham sido vacinadas anteriormente.

Além dos recém-nascidos, a vacina é recomendada para as pessoas que tiveram contato permanente e prolongado com alguém que recebeu o diagnóstico de hanseníase, conforme avaliação de doses anteriores (primeira dose ou reforço).

Texto – Andréa Arruda / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa

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