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Ação da PF, que contou com o apoio do BOPE e da Corregedoria da PMERJ, cumpre 11 mandados de prisão e mira núcleo infiltrado que antecipava ações das forças de segurança no RJ
A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira (8), dois sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro suspeitos de integrar um esquema de repasse de informações sigilosas a uma das principais facções criminosas do estado, o Comando Vermelho. As ações fazem parte da Operação Tredo, deflagrada com apoio do Bope e da Corregedoria da PMERJ, com o objetivo de desarticular um núcleo de agentes de segurança que vazava detalhes de operações policiais em comunidades fluminenses.
Ao todo, os policiais federais cumprem 11 mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro. Um dos alvos já havia sido preso na Operação Contenção, realizada no mês passado. Na operação desta segunda, foram apreendidos três veículos e celulares dos investigados.
As investigações começaram a partir de informações compartilhadas sobre um militar da Marinha do Brasil que fornecia drones e treinava integrantes da facção criminosa para operar os equipamentos. A troca de dados ocorreu no contexto da Operação Buzz Bomb, deflagrada pela PF em setembro de 2024. A partir desse material, novas apurações identificaram policiais militares que repassavam às lideranças do grupo detalhes sobre operações planejadas, permitindo que criminosos se antecipassem às ações das forças de segurança.
Entre os investigados está um sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope), responsável pela escalação das equipes que participam das incursões. Segundo a PF, o cumprimento dos mandados tem como objetivo aprofundar as apurações e identificar outros possíveis infiltrados na estrutura estatal.
A ação integra a Missão Redentor 2, esforço permanente da Polícia Federal para enfraquecer organizações criminosas no Rio de Janeiro, em consonância com as diretrizes do Supremo Tribunal Federal no âmbito da ADPF 635, que trata da condução de operações policiais no estado.
O nome da operação, “Tredo”, faz referência ao termo que significa traidor — aquele que rompe a confiança e atua com falsidade e deslealdade.
Fonte: Jovem Pan
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