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A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que proíbe militares da ativa de se candidatar, conseguiu as 27 assinaturas necessárias para tramitar no Congresso Nacional.
A PEC foi apresentada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Segundo o texto, o militar deve, no ato do registro da candidatura, ser transferido para a reserva não remunerada ou reserva remunerada.
A ideia inicial do Palácio do Planalto era vetar que militares da ativa de assumir todo e qualquer cargo de primeiro escalão. Por exemplo: ministros e secretários de Estado. Mas essa parte foi retirada numa articulação envolvendo Ministério da Defesa e Casa Civil.
A retirada desse trecho, segundo senadores, é uma tentativa de acelerar a tramitação do texto, que precisará ser aprovado em dois turnos no Senado e na Câmara até (6) de outubro, para que entre em vigor já nas eleições municipais de 2024.
Se fosse mantida na PEC, o trecho que trata da ocupação de cargos de confiança por militares evitaria, por exemplo, o que ocorreu no governo de Jair Bolsonaro (PL). Na época, o então general da ativa Eduardo Pazuello ocupou posto de ministro da Saúde.
Outros 79 postos de segundo escalão também enfrentaram a mesma situação. Todos foram ocupados por colegas de farda do ex-presidente. Alguns militares, inclusive, retornaram às Forças Armadas após o fim do governo.
É o caso general Antônio Krieger, que presidiu a Eletrosul; do general Pedro Fioravanti que foi presidente da Codevasf e do general Paulo Humberto de Oliveira, presidente do fundo de pensão Postalis.
Atualmente, nenhum militar da ativa ocupa cargo no primeiro escalão. Mas há militares da ativa ocupando cargos relevantes, como presidência ou diretoria de empresas públicas. A Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) e a Eletronuclear são exemplos dessa lista.
Fonte: CNN
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