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Uma mulher de 28 anos dos EUA, identificada apenas como Brittany, foi internada após ficar com um vibrador de 20 centímetros preso no seu reto. Ela contou que lida com o vício em sexo desde 2019 e que o objeto tinha um formato em esferas, aumentando a cada uma delas. “Adicionei bastante lubrificante e muitas vezes minhas mãos não davam conta, porque ele entrou com tanta facilidade no ânus, que tive que soltá-lo para dentro do reto. Achei que conseguiria deslizar para fora, mas não aconteceu”, revelou Brittany no programa “Stuck”, do canal britânico Quest Red….
A norte-americana disse que o objeto foi “sugado” e que ele deslizava cada vez mais para dentro do seu corpo, enquanto ela ainda sentia a vibração. Percebendo que não conseguiria resolver a situação sozinha, Brittany ligou para a emergência e, no hospital, o vibrador foi retirado por meio de um procedimento com pinças de metal.
Segundo a coloproctologista Lúcia de Oliveira, a introdução do objeto pode causar vácuo na região e, por isso, ele fica preso. Além do formato, que pode ter facilitado a aderência. “A pessoa deve fazer a limpeza da região, lubrificação, e o tamanho do objeto não deve ter mais de 10, 15 centímetros, porque as curvas da anatomia do reto podem causar causar traumatismo”, indica Oliveira, membro titular da SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia).
O reto é um segmento do intestino grosso onde ficam armazenadas as fezes. Ele é uma região com curvas e tem extensão de, mais ou menos, 15 centímetros, por isso a indicação de que vibradores não excedam esse tamanho.
Buscar atendimento
Um dos principais cuidados é conhecer a procedência do produto, comprando-o apenas em lojas especializadas e nunca utilizar itens domésticos para a prática, como garrafas ou cabos de escova, indica a coloproctologista Lúcia de Oliveira. Além disso, é necessário buscar atendimento médico para não piorar a situação ao tentar retirar o objeto em casa. É comum que a pessoa tenha dor e desconforto, mas alguns casos podem levar à perfuração do intestino —embora seja mais raro. “Dependendo da idade e se a pessoa tem doença prévia, a resposta inflamatória diante da perfuração pode evoluir para sepse”, alerta Oliveira.
Geralmente, o item é retirado com a ajuda de equipamentos médicos e o paciente é sedado. No entanto, alguns quadros só são resolvidos por cirurgia.
Cuidados também na vagina
Diferente do intestino, a vagina tem um “fundo” que dificulta que os objetos fiquem presos, explica a uroginecologista Lilian Fiorelli, colaboradora da plataforma Sexo sem Dúvida e especializada pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina pela Universidade de São Paulo). No entanto, alguns tipos de vibradores podem se prender no canal vaginal, como estimuladores do clitóris (conhecidos como bullets). “Neste caso, mulheres que não têm conhecimento do próprio corpo podem ter dificuldade para retirar de dentro da vagina”, diz Fiorelli.
Objetos com formatos diferentes, normalmente irregulares, trazem mais riscos de ferir a vagina eventualmente, por isso há indicação de lubrificá-la bem. Também é recomendado optar por produtos revestidos com silicone medicinal, porque os feitos apenas com plástico podem conter ranhuras que machucam a região.
Os lubrificantes, alerta a uroginecologista, precisam ser à base de água e hipoalergênicos, para evitar danos à flora vaginal. Outra indicação é não usar o vibrador em caso de corrimento anormal, para não piorar a inflamação.
De acordo com Lilian Fiorelli, um dos principais cuidados é lavar o vibrador após o uso. A higiene é necessária porque ele pode armazenar bactériaImagem: que vão se proliferar durante o período de armazenamento. E, no próximo uso, isso aumenta o risco de infecção.
Fonte: Uol
Foto: Reprodução/Quest Reds,
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