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Autoridades norte-americanas prenderam Mirelis Zerpa, esposa de Gladison Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, na sexta-feira (26). Ela foi encontrada em Chicago, nos Estados Unidos, numa cooperação internacional entre a Polícia Federal, o U.S Immigrations and Customs Enforcement (ICE) e o Serviço Secreto norte-americano. A prisão, segundo as autoridades, foi por ilegalidades do visto da venezuelana. A Justiça americana decidirá o seu futuro.
Mirelis é sócia do marido na GAS Consultoria Bitcoin. Eles são investigados por lavagem de dinheiro e, segundo as investigações, movimentaram R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021. Eles são acusados de montarem um esquema de pirâmide usando as criptomoedas.
No final do ano passado, ela obteve um Habeas Corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A relatora foi a ministra Daniele Teixeira, que determinou, invés da prisão preventiva, que ela entregasse o passaporte e usasse tornozeleira eletrônica. Ela também foi proibida de ter contato com o marido, de realizar investimentos e saques. Passou dois anos com o nome na lista de procurados da Interpol, mas teve seu nome retirado da difusão vermelha em 26 de dezembro. O Ministério Público Federal recorreu da decisão, mas o pedido ainda não foi avaliado pela ministra. Está marcada uma audiência presencial para terça-feira, onde ela teria que se apresentar à Justiça brasileira.
“A regra hoje internacional das cooperações é que os países cooperam efetivamente entre si. Então provavelmente vai ter uma conversa com os três países (Brasil, EUA e Venezuela), e hoje muito mais facilitada”, explica a advogada criminalista Rafaela de Otero, sócia do escritório OCM Advogados.
A defesa de Mirelis aguarda informações oficiais do governo americano. Em nota, disseram que ela fez contato com a família e que o motivo da prisão foi “uma irregularidade formal em seu visto, que era de desconhecimento de seus advogados”.
Mirelis deixou o país antes das investigações e vivia nos EUA desde 2021. Ela havia entrado no território americano com um visto de estudante, obtido com auxílio de Ricardo Rodrigues Gome, ex-piloto da Varig que tinha ligações com o traficante colombiano Pablo Escobar.
A polícia investiga se em solo americano ela continuava a coordenar o esquema. Nos últimos meses, ela reativou as redes sociais onde afirmou que a empresa não tinha mais como indenizar os clientes. Ainda compartilhava seus trabalhos como DJ e artes feitas com inteligência artificial. Já depois de presa, seu perfil postou um vídeo onde ela aparece como a Mulher-Maravilha.
Gladison Acácio está preso desde 2021, e há um ano foi transferido para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O Faraó dos Bitcoins ainda tem cinco prisões preventivas em rigor.
“A prisão em Catanduvas foi renovada apesar das alegações da defesa, que contesta a permanência dele. A administração do presídio e o MPF se manifestaram contra o retorno dele ao Rio”, diz a advogada Juliana Bierrenbach.
A venezuelana Mirelis Diaz Zerpa, estava foragida a dois anos, em situação ilegal no EUA. Segundo as autoridades brasileiras, ela havia entrado no território americano com um visto de estudante, obtido com auxílio de um ex-piloto da Varig que tinha ligações com o traficante colombiano Pablo Escobar.
Fonte: Extra
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