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Um homem de 36 anos, único sobrevivente de um acidente de avião, conseguiu permanecer vivo por dez dias nas planícies geladas da Sibéria, apesar de ter sofrido ferimentos graves. O mineiro Pavel Krivoshapkin, 36, sofreu uma concussão cerebral e fraturas nas costelas e vivia de pacotes de macarrão instantâneo que encontrou em uma pequena cabana abandonada, usada ocasionalmente por pastores de renas.
Krivoshapkin foi o único sobrevivente do acidente ocorrido com um avião monomotor Antonov An-2, cujo piloto e o copiloto foram queimados vivos depois que a aeronave colidiu contra uma encosta. Ele era o terceiro passageiro da aeronave e foi o único a sobreviver ao impacto.
O homem, que trabalha como mineiro extraindo prata em Vertikalniy, foi encontrado vivo na sexta-feira (1), na vasta região de Yakutia, na Rússia, uma área infestada de ursos marrons e lobos.
Depois de se recuperar no hospital, Krivoshapkin contou sobre sua difícil aventura, que começou quando o avião em que estava se perdeu em meio à neblina. Em questão de minutos, veio o momento do impacto, quando o Antonov atingiu uma encosta montanhosa.
“Quando recobrei os sentidos, tudo ao meu redor estava cheio de fumaça”, disse ele ao canal de notícias internacional Russia 24. “Para conseguir sair do avião, eu quebrei a fechadura da porta”.
A equipe de resgate registrou o momento em que Pavel Krivoshapkin é levado de avião a um hospital em Yakutsk Imagem: Reprodução/Redes Sociais
Quando conseguiu enfim sair, Krivoshapkin diz que havia vários pedaços do avião espalhados sobre a encosta, ainda em chamas. “Sentei-me ao lado do avião por cerca de três horas, depois caminhei lentamente até um rio e fiz uma pequena fogueira lá”, contou.
O mineiro acredita que sobreviveu à tragédia porque estava sentado na traseira da aeronave. Ele diz que estava em uma missão para levar uma tonelada de alimentos e ferramentas para uma mina de prata.
Enquanto tentava se aquecer, já se preocupando com o frio imposto pela noite rigorosa da região ártica, ele avistou uma cabana nas proximidades. Ele seguiu por uma trilha aberta provavelmente por um criador de renas e conseguiu entrar na habitação.
Na cabana, Krivoshapkin encontrou vários pacotes de macarrão Doshirak (uma marca de macarrão instantâneo sul-coreano). Foi esse alimento que o manteve vivo durante os dez dias que se seguiram até a chegada de um grupo de resgate.
“Eles [os pacotes de macarrão] me salvaram da fome severa – mesmo que eu não quisesse comer tanto, porque meu corpo estava machucado e doendo muito. Eu estava morrendo de fome, mas quase não tinha apetite”.
Durante o tempo em que permaneceu esperando por socorro, ele ouviu vários helicópteros e chegou a criar uma bandeira improvisada, que pudesse ser vista do alto. Porém, seu esforço parecia ter sido em vão.
“Eu me obriguei a me levantar uma vez por dia, e todos os dias eu saía agitando uma bandeira, esperando que alguém me visse”, contou o mineiro.
Ele não sabia, mas uma grande busca estava em andamento, à procura de quaisquer sobreviventes do acidente aéreo, cobrindo uma área de 11,2 quilômetros quadrados. Porém, apenas no décimo dia Krivoshapkin foi localizado.
Equipes de resgate em um helicóptero Polar Airlines Mi-8 encontraram os destroços do avião e os corpos carbonizados dos dois pilotos no distrito de Kobyaysky, em Yakutia, na manhã de sexta-feira (1). Uma hora depois, encontraram Krivoshapkin e o levaram a um hospital na cidade de Yakutsk, onde está se recuperando dos ferimentos.
Imagem: Reprodução/Redes Sociais
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