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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na noite desta segunda-feira (11) à casa do ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), em Brasília, para participar de um jantar com senadores de centro e esquerda.
O encontro faz parte da agenda de Lula como pré-candidato à Presidência — na semana passada, o PSB oficializou a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para vice na chapa do ex-presidente (imagem abaixo). O jantar não havia terminado até a última atualização desta reportagem.
Alckmin e Lula durante reunião entre dirigentes de PT e PSB sobre aliança para as eleições de 2022 — Foto: Carla Carniel/Reuters
Alckmin e Lula durante reunião entre dirigentes de PT e PSB sobre aliança para as eleições de 2022 — Foto: Carla Carniel/Reuters
A maioria dos presentes ao encontro era composta por parlamentares e ex-parlamentares do MDB – partido que já lançou a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) ao Palácio do Planalto.
Entre os presentes, estavam os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (PT-ES), Marcelo Castro (MDB-PI), Humberto Costa (PT-PE), Rose de Freitas (MDB-ES), Omar Aziz (PSD-AM), Jean Paul Prates (PT-RN).
Também compareceram os ex-governadores Renan Filho (MDB-AL) e Wellington Dias (PT-PI); a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT; o ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB-RN); e o ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho.
Simone Tebet tenta se viabilizar como a candidata da chamada “terceira via”, uma alternativa às duas candidaturas que lideram as pesquisas de intenção de voto (Lula e Jair Bolsonaro).
Até o momento, no entanto, a senadora não registra bom desempenho nos levantamentos dos principais institutos. Nesta segunda, líderes do MDB criticaram a intenção do partido de lançar a parlamentar como candidata.
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Presidente regional do MDB no Ceará, Eunício Oliveira não declarou apoio à eleição de Lula, mas afirmou que “há uma tendência natural” de o MDB não ir “mais uma vez para um suicídio político”.
“Nós fomos de [Henrique] Meirelles [em 2018] quando nós sabíamos que ele não tinha a menor condição eleitoral. Não condição de capacidade, como a Simone tem toda condição de capacidade. Eu, como incentivador das mulheres na política, gostaria muito que ela tivesse viabilidade política-eleitoral”, disse Eunício Oliveira.
O ex-presidente do Senado afirmou ainda que o MDB tem uma preocupação com as eleições para o Congresso.
“Nós encurtamos a bancada em quase 50% com uma candidatura que nasceu já natimorta [a de Meirelles em 2018]. Apareceu e terminou com 1,2% no final das eleições”, declarou (vídeo abaixo).
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‘Insano’
Senador pelo estado de Alagoas e presidente do MDB no estado, Renan Calheiros disse que, se o MDB tiver “uma candidata competitiva”, com condição de “alavancar” palanques nos estados, “será muito bom”.
Para ele, seria “insano” repetir uma candidatura como a de Henrique Meirelles em 2018.
“É tudo o que o MDB quer [uma candidatura competitiva]. O que o partido não pode repetir — e seria insano — é a candidatura do Meirelles porque, com a candidatura do Meirelles, o MDB pagou um preço terrível: teve a redução da bancada na Câmara para a metade. Não dá para pagar novamente esse preço”, declarou.
O parlamentar afirmou que Simone Tebet é “uma grande parlamentar”, mas que, se não houver uma mudança nos resultados das pesquisas eleitorais, acredita que ela própria “vai tomar a iniciativa de levar o partido a não ter candidato na eleição presidencial”.
Sobre uma candidatura da chamada terceira via, Renan disse que “somar quem tem 1% com quem tem 2% não vai alterar a fotografia das pesquisas eleitorais”.
“É somar nada com pouca coisa. Em função da alta proporção alcançada nas pesquisas pelo presidente Lula e pelo presidente Bolsonaro, você não tem matematicamente como ter um crescimento de ninguém da terceira via, porque não há espaço a ocupar”, avaliou Renan.
Na mansão do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira, localizada em um bairro de alta classe de Brasília, foi servido um jantar com comida cearense. Entre as opções do cardápio, havia peixe e carne de carneiro.
Fonte: g1
Foto: Carla Carniel/Reuters
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