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Limpeza urbana avança no Brasil, mas lixões ainda predominam no Norte e Nordeste

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A Região Norte registrou o maior percentual de municípios que ainda utilizam lixões para destinação de resíduos sólidos, segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2023 – Suplemento de Saneamento (Munic), divulgada pelo IBGE.

Na região, 76,1% das cidades destinam os resíduos a lixões, enquanto apenas 10,8% adotam aterros sanitários e 19,3% utilizam aterros controlados, considerados uma solução intermediária. O cenário evidencia a desigualdade na gestão ambiental entre as regiões brasileiras.

No Nordeste, a dependência de lixões também é alta, com 58,7% dos municípios ainda utilizando essa prática, enquanto 25,5% adotam aterros sanitários e 17,2%, aterros controlados.

Já o Sudeste mostra uma situação mais equilibrada, com 43,3% dos municípios usando aterros sanitários, 29,2% optando por aterros controlados e apenas 13,7% recorrendo a lixões.

O Sul apresentou os melhores índices de destinação final dos resíduos. Apenas 7,5% dos municípios utilizam lixões, enquanto 45% recorrem a aterros sanitários e 18,7% a aterros controlados.

O Distrito Federal também se destacou ao erradicar os lixões, antes abrigando o maior lixão a céu aberto da América Latina.

Serviços de limpeza urbana abrangem quase todo o país

Quase todos os municípios brasileiros (99,8%) declararam ter serviços de limpeza urbana em 2023. O Norte e o Sul apresentaram a menor cobertura, com 99,6%, enquanto o Nordeste liderou com 99,9% dos municípios atendidos. No entanto, a qualidade da destinação final dos resíduos permanece desigual.

Dos municípios brasileiros, 31,9% ainda utilizam lixões, 28,6% empregam aterros sanitários e 18,7% optam por aterros controlados. O IBGE alerta que a má gestão dos resíduos pode causar contaminação do solo, emissão de gases de efeito estufa e proliferação de doenças.

Políticas municipais e educação ambiental ainda são desafios

Cerca de 46,5% dos municípios possuem Política Municipal de Resíduos Sólidos, enquanto 42,7% não adotaram nenhuma medida nesse sentido. Em termos de educação ambiental, apenas 31,8% das cidades desenvolvem programas voltados à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

O IBGE reforça que municípios com maior porte populacional tendem a apresentar melhores índices de regulamentação e programas educativos, o que contribui para a conscientização ambiental e a gestão sustentável dos resíduos.

 

 

Fonte: RealTime1

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