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Justiça nega pedido de prisão de Sarí Corte Real, condenada a oitos anos e seis meses

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A Justiça de Pernambuco rejeitou o pedido de prisão de Sarí Gaspar Corte Real, que foi condenada por oito anos e seis meses de prisão pelo crime de abandono de incapaz que causou a morte do menino Miguel Otávio de Santana.

Miguel tinha 5 anos e caiu do 9° andar de um prédio, em Recife, em 2020. A morte do menino causou muita repercussão e até protestos.

Mirtes Santana, mãe de Miguel, e empregada doméstica que trabalhava na residência de Sarí estava passeando com a cadela dos patrões, deixando o menino sob os cuidados da então primeira-dama do município de Tamandaré. Na ocasião, o garoto foi até o elevador para procurar pela mãe quando caiu do prédio. De acordo com a perícia, a mulher apertou o botão para cobertura da residência e saiu do local.

Em maio deste ano, Sarí Corte Real foi condenada em primeira instância, permitindo que ela ainda recorresse da decisão em liberdade.

Nesta segunda-feira (25), foi publicada no Diário Oficial da Justiça a sentença assinada no dia 19 pelo juiz Edmilson Cruz Júnior, auxiliar da 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital, dando a negativa de prisão de Sarí Corte Real. Segundo o texto, a decisão foi tomada por conta da postura do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que na visão do magistrado, foi contra o pedido feito pela assistência de acusação.

Ainda de acordo com o juiz, os advogados da mãe do menino queriam a decretação da prisão preventiva ou a retenção de passaporte de Sarí, e atuavam na assistência de acusação. A decisão ainda cabe recurso.

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