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Justiça Federal decreta prisão preventiva de ‘Colômbia’, suspeito de elo com mortes de Bruno e Dom no AM

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A Justiça Federal decretou, nesta sexta-feira (8), a prisão preventiva de um homem identificado como “Colômbia”, suspeito de envolvimento nas mortes do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips. Segundo a polícia, ele nega participação no crime.

A audiência de custódia terminou no inicio da noite desta sexta. Conforme a decisão, “Colômbia”, fica preso até o julgamento.

“Colômbia” chegou ao prédio da Justiça Federal, em Tabatinga, às 15h10 no horário do município, escoltado por três carros da Polícia Federal e um veículo com militares do Exército Brasileiro.

A audiência de custódia foi encerrada ainda durante a tarde, com a prisão preventiva em nome dele ser decretada pela Justiça Federal.

Suspeito nega envolvimento no crime

Em depoimento à Polícia Federal, na quinta-feira (7), o suspeito disse que tem apenas “relação comercial’ com pescadores da região do Vale do Javari, onde as vítimas foram mortas.

Durante a coletiva, realizada na sede da PF-AM na capital, o delegado explicou que Colômbia compareceu espontaneamente à sede da Polícia Federal em Tabatinga, cidade que fica perto de Atalaia do Norte, região onde Bruno e Dom foram mortos.

Segundo informações obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, ele foi até a delegacia para afirmar que não teria envolvimento com os assassinatos do indigenista e do jornalista.

“Ele nega veementemente qualquer participação no crime [envolvendo o duplo homicídio de Bruno e Dom]”, afirmou o delegado.

No momento da identificação na delegacia da PF, agentes constataram que o documento apresentado por “Colômbia” era falso. Ainda de acordo com fontes da PF, Rubens Villar teria pelo menos mais dois documentos falsos, um do Brasil e outro da Colômbia.

Apesar de Colômbia ter sido preso por uso de documento falso, a PF agora investiga se ele tem relação com a pesca ilegal no Vale do Javari, possível motivação dos assassinatos de Bruno e Dom.

Investigação

Fontes da PF afirmam que Jeferson da Silva Lima e os irmãos Amarildo e Oseney da Costa de Oliveira, presos suspeitos de envolvimento nas mortes do indigenista e do jornalista, e os cinco indiciados na ocultação dos cadáveres seriam empregados de Colômbia.

No entanto, segundo a PF, o homem afirma que possui apenas relações comerciais com pescadores da região. Ele também nega relação com a pesca ilegal.

“Ele diz que compra pescados que são lícitos, e que possui uma relação comercial com alguns pescadores ali da região. Então, estamos apurando se existe apenas uma relação comercial, ou se há pesca ilegal onde ele efetivamente participa e financia. Então, tudo isso é objeto de investigação que está em andamento”, disse Fontes.

Embora relatos de moradores da região indiquem que Colômbia possa ser mandante dos assassinatos de Bruno e Dom, na coletiva desta sexta, o delegado da PF não confirmou a informação nem apontou um possível mandante.

Pesca ilegal

O nome de “Colômbia” vem sendo citado por moradores desde o início das investigações do caso. Há relatos de que ele é chefe de uma quadrilha de pesca ilegal na região da Terra Indígena Vale do Javari, que tem parte do território dentro da cidade de Atalaia do Norte.

Amarildo, a família dele e Jeferson são pescadores na região, e há suspeita de que os assassinatos de Bruno e Dom tenham relação direta com a pesca ilegal, já que o indigenista combatia crimes ligados ao meio ambiente no Vale do Javari.

Foto: Divulgação

 Fonte: g1 AM

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