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Ação é sobre suposto caso de abuso de poder econômico nas eleições de 2022
O julgamento que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) foi adiado.
Anunciado para o próximo dia 8, o julgamento agora não tem mais data definida. Segundo o novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Sigurd Roberto Bengtsson, para que o caso seja analisado, é preciso que o quórum do Tribunal esteja completo, necessário em situações de cassação.
No momento, segundo Bengtsson, é preciso aguardar a nomeação de um sétimo membro do colegiado. Dessa forma, não há “tempo hábil” para que esse processo ocorra em uma semana, disse o presidente nesta quinta-feira (1º), dia em que ele assumiu o comando do tribunal paranaense.
Os nomes de três candidatos para integrar o TRE-PR serão homologados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá escolher um deles, explicou Bengtsson.
Quem moveu a ação?
A ação contra o senador é movida por pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-aliado de Moro, e pela federação formada por PT, PCdoB e PV, também opositora de Moro
Qual é a acusação contra Moro?
O senador é acusado de suposto abuso de poder econômico. Antes de decidir disputar uma vaga no Senado, Moro foi pré-candidato a presidente pelo Podemos na eleição de 2022. Ele acabou desistindo da disputa e também mudando de partido.
Segundo acusação, a chapa de Moro é responsável por um suposto desequilíbrio eleitoral. Isso porque ele teria se beneficiado das atividades na pré-campanha presidencial para a disputa pela vaga no Senado.
De acordo com as partes, Moro teria tentado utilizar da “estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo do senador”.
Moro prestou depoimento no TRE-PR em dezembro do ano passado e negou qualquer irregularidade em sua campanha ao Senado. “Me sinto agredido e não me sinto confortável em participar de um teatro”, disse a jornalistas depois do julgamento.
Fonte: CNN Brasil
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