“Ele simplesmente sacou a arma e atirou”, diz vítima em julgamento do PM Joselito Pessoa

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Uma testemunha de defesa e três de acusação, sendo duas delas sobreviventes do crime, serão ouvidas durante o julgamento do policial militar Joselito Pessoa Anselmo, que acontece na manhã desta quarta-feira (14), no plenário do Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, bairro São Francisco, zona Centro Sul de Manaus.

Uma das vítimas, o major Lurdenilson Lima de Paula é o primeiro indagado pelo Conselho de Sentença e participa via videoconferência. O juiz de direito Lucas Couto Bezerra, que preside o conselho de sentença da 3ª Vara do Tribunal de Júri da Comarca de Manaus, começou as perguntas.

Um dos questionamentos feitos pelo juiz à vítima é se Joselito Pessoa sacou a arma contra os colegas de farda no dia 5 janeiro de 2019.

A primeira testemunha do caso participou via videoconferência (Foto: Gilson Mello)

A primeira testemunha do caso participou via videoconferência (Foto: Gilson Mello)

“O Joselito Pessoa sacou a arma e efetuou alguns disparos dentro do carro, primeiro contra o Edizandro, contra mim, depois contra Graziano e Robson. Não houve discussão, ele simplesmente sacou a arma”, disse ele, afirmando que era amigo do tenente militar até o acontecido.  

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) representado na acusação pelo promotor de justiça  Walber Luís do Nascimento também questionou a vítima, que falou sobre  conduta social do réu. O advogado de defesa de Joselito, Mario Vitor, também fez perguntas. 

Lurdenilson disse ainda que os policiais estavam em confraternização por conta de uma promoção, destacou sobre a quantidade de bebidas compradas naquele dia e voltou a relatar que Pessoa atirou nos colegas de farda. 

“Não tenho nenhuma dúvida que ele disparou contra mim”, ressaltou. “O Edizando caiu no meu colo, eu tentei socorrer ele”, disse ainda ao Conselho de Sentença.

Lurdenilson foi atingido com um disparo nas costas. As consequências  dos tiros foram ditas também em audiência. Até às 10h53, Lurdenilson foi ouvido em plenário, e posteriormente dispensado pelo magistrado. Ele teve a permissão para acompanhar o julgamento, sem a possibilidade de manifestações.

De acordo com o juiz de direito Lucas Couto Bezerra, o acusado também será ouvido e após isso, começarão as fases dos debates. Segundo o magistrado, a acusação inicia a fala pelo prazo de uma hora e meia, e, ao mesmo tempo, também pode falar a defesa. Caso a acusação queira replicar, ele terá o prazo de uma hora e por fim a defesa tem o espaço também de uma hora para a tréplica.

Julgamento deve seguir por todo o dia de hoje (14) (Foto: Gilson Mello)

Julgamento deve seguir por todo o dia de hoje (14) (Foto: Gilson Mello)

Entenda o caso

O policial militar Joselito Pessoa Anselmo é acusado por homicídio qualificado contra Edizandro Santos Louzada e Grasiano Monteiro Negreiros, e tentativa de homicídio contra Robson Almeida Rodrigues e Lurdenilson Lima de Paula, em crime praticado no dia 5 de janeiro de 2019, na rua Monte Horebe, Bairro Colônia Santo Antônio, em Manaus. 

Joselito Pessoa Anselmo foi denunciado e pronunciado como incurso nas penas do art. 121, §2º, IV (traição), CPB, praticados em face de Edizandro Santos Louzada e Grasiano Monteiro Negreiros; e no art. 121, §2º, IV (traição), c/c art. 14, II (homicídio tentado), CPB, tendo como vítimas Lurdenilson Lima de Paula e Robson Almeida Rodrigues.

Foto: Gilson Mello

*Acritica.com

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