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Emprego

Apesar da queda no desemprego, 60% dos jovens da região Norte ainda trabalham sem vínculo formal

Jovens enfrentam desafios no mercado de trabalho (Foto: Henrique Miranda/Setemp)

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O Ministério do Trabalho divulgou nesta semana seu relatório sobre o mercado de trabalho juvenil, revelando avanços no enfrentamento do desemprego, mas com a informalidade e baixos salários ainda sendo obstáculos, principalmente no Norte e Nordeste do Brasil.

O estudo mostrou uma baixa considerável na taxa de desemprego entre os jovens de 14 a 24 anos, que caiu de 25,2% em 2019 para 14,3% em 2024.

Entretanto, a informalidade segue predominante, com 44% dos jovens empregados sem vínculo formal. Nas regiões Norte e Nordeste, a taxa de informalidade é ainda mais alta, alcançando 60% e 55%, respectivamente.

Além disso, a taxa de participação dos jovens no mercado de trabalho foi de 50,3% no quarto trimestre de 2024, uma leve redução em comparação com o mesmo período de 2019 (52,4%).

A Região Norte apresentou um pequeno aumento na taxa de participação, de 43,8% em 2019 para 44,4% em 2024, mas a informalidade continua a ser uma barreira para a inclusão formal no mercado de trabalho.

O relatório do Ministério do Trabalho também destaca que, em 2024, o número de jovens ocupados aumentou para 14,5 milhões, em comparação com 14,2 milhões em 2019.

No entanto, a maioria desses empregos ainda é informal. A remuneração média dos jovens ocupados é de R$ 1.854,01, com 67% dos jovens recebendo até esse valor.

As ocupações mais comuns entre os jovens celetistas incluem auxiliar de escritório, vendedor de varejo, assistente administrativo e operador de caixa.

A pesquisa também aborda os motivos que levaram os jovens a pedir desligamento voluntário de seus empregos.

Entre as principais razões, destacam-se o baixo salário (29% e 36% entre os jovens de 14 a 17 e 18 a 24 anos, respectivamente), a falta de reconhecimento no trabalho (24% e 31%) e a falta de flexibilidade na jornada de trabalho.

O estudo também aponta um aumento no número de estagiários, que passaram de 642 mil em 2023 para 877 mil em 2024, com uma previsão de alcançar 990 mil em 2025.

A maioria dos estagiários (64%) é composta por mulheres, e 75% deles estão cursando ou já concluíram o ensino superior.

Contudo, o número de estagiários no Brasil ainda enfrenta dificuldades relacionados a salários baixos e condições de trabalho precárias.

Em relação aos aprendizes, o número subiu para 637.509 em novembro de 2024, com um salário médio de R$ 914,59, o que representa 60% do salário mínimo.

A situação de remuneração continua a ser um desafio, mesmo com o aumento do número de aprendizes no Brasil.

No Estado do Amazonas, o número de estagiários também teve um crescimento expressivo. Em 2025, 36% dos estagiários são homens e 64% são mulheres.

Dentre as mulheres, 49% se identificam como brancas e 39% como negras (pretas + pardas)​mte- pesquisa. A maioria dos estagiários do estado (75%) está cursando ou já concluiu o ensino superior, o que destaca a relevância dos programas de estágio na formação profissional da juventude local.

O estudo do Ministério do Trabalho destaca a desigualdade regional que ainda persiste no Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a informalidade é mais prevalente.

O número de jovens entre 14 a 24 anos no Brasil é de 33,6 milhões, o que representa 16% da população total. As regiões Norte e Nordeste enfrentam desafios maiores em termos de acesso a empregos formais e de qualidade.

O cenário de informalidade e baixos salários contribui para a dificuldade de muitos jovens alcançarem uma estabilidade financeira.

Confira o estudo completo:

Fonte: RealTime1

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