Portal NDC
Amazonas

Universalização do saneamento pode gerar mais de R$ 2,4 bilhões por ano ao Amazonas até 2040, mostra estudo

A capital Manaus está entre as piores do país em questão de saneamento básico — Foto: Divulgação/ Agência Brasil

Curta nossa Página no Facebook

Universalização do saneamento pode gerar mais de R$ 2,4 bilhões por ano ao Amazonas até 2040, mostra estudo

Amazonas pode ter ganhos de R$ 2,4 bilhões por ano com a universalização do saneamento básico entre 2024 e 2040. O valor representa 12,8% de todos os benefícios previstos para a Amazônia Legal, segundo o estudo “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento na Amazônia Legal”, divulgado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a EX ANTE Consultoria, nesta terça-feira (16).

🔎 No estudo, a universalização do saneamento é entendida como o acesso pleno da população à água potável e aos serviços de coleta e tratamento de esgoto, condição essencial para melhorar a saúde, gerar desenvolvimento econômico e preservar o meio ambiente.

A pesquisa analisou os efeitos do saneamento nos 772 municípios que compõem a Amazônia Legal, região que abrange nove estados e abriga mais de 26 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE).

O objetivo foi avaliar os avanços já alcançados e projetar os impactos econômicos, sociais e ambientais da universalização do acesso à água tratada e à coleta e tratamento de esgoto.

Entre 2005 e 2023, os ganhos acumulados na Amazônia Legal chegaram a R$ 176,5 bilhões, superando os custos sociais do período (R$ 85,6 bilhões) e gerando saldo positivo de R$ 90,8 bilhões.

Ganhos per capita da universalização

O levantamento também coloca o Amazonas entre os estados que mais vão se destacar no retorno econômico per capita, com média de R$ 817 por habitante ao ano até 2040.

Em Manaus, capital do estado, a média de retorno econômico estimada é de R$ 384,79 por habitante ao ano.

Apesar do potencial, o Amazonas ainda tem um grande desafio. Em 2022, dos 3,9 milhões de habitantes, 3,1 milhões têm acesso à água tratada, mas apenas 560 mil contam com coleta de esgoto. Isso significa que 20,4% da população não recebe água de qualidade e 85,8% está sem rede de esgoto.

 

A presidente executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, afirma que os ganhos da universalização vão além do aspecto financeiro.

“O ganho de R$ 330 bilhões, advindo da universalização do saneamento, oferece a oportunidade de recuperar áreas degradadas pelo despejo irregular do esgoto e, principalmente, de melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos povos tradicionais e das populações em situação de vulnerabilidade que habitam na região, além de influenciar positivamente todo o ecossistema brasileiro”, explicou.

 

 

Fonte: G1

Curta nossa Página no Facebook

Ao continuar navegando, você concorda com as condições previstas na nossa Política de Privacidade. Aceitar Leia mais