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Um inquérito policial foi instaurado, nesta terça-feira (31), para apurar a liberação de Peterson Luiz de Almeida, o Pet ou Flamengo, um dos chefes da maior milícia do estado, comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. Ele saiu pela porta da frente do Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, no domingo (29). A Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) alega que a soltura teria ocorrido por engano, devido a um erro da Justiça, após a pasta não ter sido comunicada da conversão da prisão temporária do preso para preventiva.
A Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Sistema Prisional, do Ministério Público do Rio, até o momento, apontou falha no funcionamento do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) administrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, reconheceu restrições de acesso ao banco por parte de órgãos de segurança pública do Rio, e a inexistência de um protocolo institucional que estabeleça procedimentos e fluxos de comunicação entre os órgãos do Poder Judiciário e a Seap.
Na ausência de protocolos de comunicação, diz o MP, a investigação observa a adoção de práticas informais que geram inconsistências, insegurança jurídica e até mesmo espaço para práticas ilícitas por serem apuradas, ora promovendo a soltura indevida, ora acarretando retenção injustificada de pessoas privadas de liberdade.
Relembre a prisão
Peterson foi preso em agosto deste ano, numa ação conjunta do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), e da Polícia Federal.
Ele foi denunciado pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo. As penas máximas podem atingir 20 anos de prisão.
A participação de Peterson na milícia foi revelada a partir da continuidade das investigações sobre o grupo criminoso integrado por ele — as provas foram coletadas na Operação Dinastia, deflagrada pela PF e o Gaeco em agosto de 2022. De acordo com a denúncia do MP, além de negociar armas, o criminoso planejava execuções de criminosos rivais, em prol de Zinho. Peterson teria, ainda, ligações com o também miliciano Rodrigo dos Santos, o Latrell, e com o miliciano Matheus Rezende, o Faustão, morto em 23 de outubro deste ano. Peterson atua, principalmente, nos bairros de Sepetiba e Nova Sepetiba, na Zona Oeste do Rio.
Fonte: Extra
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