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Última despedida: Corpo de Kemilly Hadassa é sepultado em Nova Iguaçu

Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, foi morta em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, neste sábado (9). Foto: Arquivo pessoal

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O corpo da menina Kemilly Hadassa da Silva, de 4 anos, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (11) no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Familiares e amigos se despediram da menina em uma cerimônia breve, que começou às 17h. A menina foi morta depois de ser abusada pelo próprio primo, de 22 anos.

A prefeitura de Nova Iguaçu custeou o sepultamento da menina e enviou um ônibus para fazer o transporte dos familiares até o local.

Pescoço cortado

Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, foi morta em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, neste sábado (9). Foto: Arquivo pessoal

Peritos da Polícia Civil apontaram que a criança foi estuprada e estrangulada. O primo da criança confessou o crime, segundo a polícia. Ele foi preso temporariamente por 30 dias.

Segundo a polícia, Reynaldo Nascimento, que tem 22 anos, contou que, após pegar a menina, a levou para uma casa abandonada, nas proximidades da casa da vítima, e a estuprou. De acordo com o suspeito, quando a menina começou a chorar, ele resolveu matá-la.

A criança tem sinais de marcas de faca no pescoço. Aos investigadores, Reynaldo disse que “ficou com pena” e resolveu esganá-la e não degolar a menina:

“Fizemos a perícia (no corpo), o tio reconheceu o corpo. As partes genitais da menina estavam bem machucadas”, disse o delegado Mauro César.

A família de Kemilly chegou ao Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu pouco antes das 13h para tratar da liberação do corpo.

Reynaldo chegou pouco depois, para fazer o exame de corpo de delito. Ele vai responder por homicídio qualificado e estupro de vulnerável.

Os investigadores querem saber se outras pessoas participaram do crime. No entanto, a polícia descarta a participação da mãe do suspeito:

“Vamos investigar a participação de outras pessoas. (Mas) Não ficou comprovada a participação da mãe”, contou o responsável pela DHBF.

Por sua vez, a mãe de Kemilly Hadassa Silva, Suelen Silva, será investigada por abandono de incapaz, já que a menina foi deixada sozinha em casa com os irmãos menores.

“A mãe será investigada porque é agente garantidora. Queremos saber a responsabilidade dela nessa tragédia que aconteceu neste final de semana”, explicou o delegado responsável pelo caso.

Reynaldo foi transferido para o presídio de Benfica, na Zona Norte, que é a entrada do sistema penitenciário.

O corpo da menina foi encontrado escondido em um saco de ração nas proximidades da casa do homem. A polícia descartou que o corpo dela tenha sido esquartejado.

Tio diz que desconfiou do primo

O tio da menina, um dos responsáveis pelo reconhecimento do corpo, disse que espera que o suspeito pague pelo crime.

“Minha sobrinha está com o rosto deformado, irreconhecível, de tanto que ele bateu. Eu só quero que esse cara seja preso. Ele tava aí dentro agora como se nada tivesse acontecido. Eles são monstros”, disse o pintor Emerson Silva Roque, de 37 anos.

Emerson disse que soube do sumiço da sobrinha pela irmã mais velha, na manhã de sábado. Ele foi até a delegacia registrar o boletim de ocorrência, mas foi informado que seria preciso esperar 48 horas.

O tio falou ainda que logo desconfiou do primo porque há dois meses ele roubou uma mulher perto da casa deles e tentou abusar dela.

“Chegou a mesmo a tirar a roupa. Lamentavelmente, o histórico dele em questão de furto e drogas é absurdo.”

Emerson Silva Roque, tia da menina, foi um dos responsáveis pelo reconhecimento do corpo. Foto: Rafael Nascimento/g1 Rio

Segundo Emerson, um vizinho relatou que ouviu gritos nos fundos da casa dele. Ele foi até a casa da prima Adriana, que é mãe do suspeito, e encontrou numa casa abandonada manchas de sangue. A prima teria dito que o sangue seria de um cachorro.

Emerson diz que a prima ajudou a esconder o corpo da menina.

“De madrugada, [ela] saiu com ele de moto, com o corpo no saco, ajudou e enterrou.”

O primo, segundo ele, costumava a frequentar a casa da menina. “Ele tinha acesso à casa da minha irmã. Independente de toda a negligência dela, a minha irmã há 3 anos ficou na frente de uma arma para não matarem ele. Ela custou a acreditar.”

População indignada

O delegado titular da DHBF ainda ressaltou que entende a indignação da população com o crime, mas que as pessoas que tentaram linchar Reynaldo atrapalharam o trabalho da polícia.

Segundo ele, o vidro da viatura foi quebrado pelos populares, além de um pneu furado, para impedir que os agentes chegassem até o responsável pelo crime.

Reynaldo foi preso após quase ser linchado em Nova Iguaçu. Foto: Reprodução

 

 

 

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