Trabalhador CLT já pode contratar consignado com desconto automático em folha

A partir desta sexta-feira (21), trabalhadores com carteira assinada, incluindo celetistas, empregados domésticos, rurais e MEIs, poderão contratar uma nova linha de empréstimo consignado com juros mais baixos e desconto direto na folha de pagamento.

O novo modelo, chamado Crédito do Trabalhador, está disponível para solicitação no aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).

Segundo o Ministério da Fazenda, a taxa de juros do novo consignado poderá ser até 50% menor que as do crédito pessoal tradicional.

Em Manaus, onde o acesso ao crédito costuma ser limitado para parte da população economicamente ativa, a medida pode representar um alívio para endividados.

“São 47 milhões de pessoas que hoje pagam mais de 5% ao mês em juros no crédito pessoal. Com essa nova garantia, as taxas devem cair pela metade”, afirmou o ministro Fernando Haddad durante o lançamento do programa.

Como contratar o crédito do trabalhador

O processo é feito de forma 100% digital, com liberação das propostas em até 24h:

1. Acesse o aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital);
2. Solicite a proposta de crédito;
3. Autorize o acesso dos bancos aos seus dados;
4. Aguarde as ofertas (liberadas em até 24h);
5. Compare condições e selecione a melhor;
6. Contrate diretamente com o banco escolhido.

Após a contratação, o desconto mensal será feito diretamente no contracheque, via eSocial.

O trabalhador poderá acompanhar o histórico de pagamentos mês a mês.

Limites e garantias

• O valor do empréstimo não pode ultrapassar 35% do salário do trabalhador;
• É possível usar até 10% do saldo do FGTS como garantia, além de 100% da multa rescisória em caso de demissão;
• Quem já tem um consignado ativo poderá migrar para a nova modalidade a partir de 25 de abril, e a portabilidade entre bancos estará liberada em 6 de junho.

A expectativa da Febraban é de que até 19 milhões de trabalhadores façam uso do novo crédito, movimentando cerca de R$ 120 bilhões nos próximos quatro anos.

Fonte: RealTime1