Curta nossa Página no Facebook

O anúncio recente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a aplicação de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, deve impactar as exportações brasileiras.
O Brasil exporta R$ 32,9 bilhões em ferro e aço e R$ 1,4 bilhão em alumínio, setores diretamente afetados pela medida.
No Amazonas, segundo levantamento do RealTime1, com base na balança comercial do Estado, disponível no Portal do Planejamento Amazonas, as exportações de ferronióbio – um insumo essencial na produção de aço – têm grande relevância para a economia local.
O principal município exportador é Presidente Figueiredo, com volumes significativos destinados a países como Alemanha, China, Índia, Estônia e Suíça.
Em 2024, por exemplo, a China importou R$ 535 milhões em ferronióbio do Amazonas, enquanto a Índia adquiriu R$ 14,4 milhões e a Alemanha, R$ 7 milhões.
Já os Estados Unidos importaram R$ 229 mil em ligas de estanho do Amazonas no ano passado. Esse insumo, até o momento, não foi afetado pela taxação anunciada por Trump.

A análise de especialistas
Apesar dos EUA não comprarem aço e alumínio do Amazonas, o economista e assessor de Assuntos Econômicos do Senado Federal Farid Mendonça alerta que o impacto poderá ser sentido de maneira indireta.
“Evidente que essas decisões impactam estados que exportam esses produtos para os EUA, mas esse não é o caso do Amazonas. No entanto, se afeta qualquer lugar do Brasil ou qualquer empresa, isso pode repercutir na economia nacional de alguma forma”, explicou.
Já o economista e consultor Lauro Vinícius avalia que as tarifas impostas pelos EUA sobre aço e alumínio podem gerar dois cenários distintos.
“A primeira possibilidade é uma queda nos preços internacionais, caso a redução nas importações americanas aumente a oferta global desses metais, tornando-os mais acessíveis para outros países. A segunda é um aumento nos custos de produção na Zona Franca de Manaus, já que produtos comercializados entre o Amazonas e os Estados Unidos podem encarecer com as novas tarifas, impactando indústrias locais que dependem de insumos importados dos Estados Unidos, México ou Sudeste Asiático.”
Aproximadamente 58% do alumínio importado pelos EUA vem do Canadá, segundo o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), as tarifas tendem a elevar os custos de produção norte-americanos, possivelmente repassados a países integrados às cadeias.
Cenário do Amazonas
Para exemplificar esse cenário, o polo de duas rodas importou dos EUA cerca de R$ 146,6 milhões em acessórios de motocicletas em 2024.
Além disso, as importações de processadores e controladores somaram R$ 130,6 milhões, enquanto outros circuitos integrados eletrônicos totalizaram R$ 37,5 milhões e motores de pistão registraram R$ 36,8 milhões.
Todos esses insumos possuem em sua produção ou composição os metais tarifados. É neste ponto que a Zona Franca de Manaus poderá enfrentar aumento no custo de produção.
Fonte: RealTime1
Curta nossa Página no Facebook