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Símbolo da extravagância de Edemar Cid Ferreira, mansão de R$ 140 milhões do ex-banqueiro tem sinais de abandono em SP

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Ex-dono do Banco Santos ficou famoso por colecionar obras de arte e pela mansão de 8 mil m² no Morumbi, Zona Sul da capital. Ele morreu neste sábado (13), aos 80 anos, vítima de problemas no coração. Prédio foi arrematado em leilão pelo empresário Janguiê Diniz por R$ 27,5 milhões, em 2020.
Símbolo da riqueza e da ostentação de um mecenas das artes de São Paulo, a mansão que pertenceu ao ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira no bairro do Morumbi, Zona Sul da capital paulista, já não é mais a mesma. O empresário faleceu neste sábado (13), aos 80 anos, vítima de problemas no coração.

Adquirida por R$ 140 milhões, o prédio de 8.000 m² exibe for fora sinais de abandono e decadência.

Com muros pichados, mofo nas paredes, vidros e mosaicos quebrados, o prédio na rua Galia nem de longe lembra o paraíso particular construído por Edemar antes da derrocada do Banco Santos, nos anos 2.000.
A mansão foi projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake, que recebeu R$ 1,15 milhão pelo serviço. A decoração ficou por conta do norte-americano Peter Marino, que também R$ 8,86 milhões pelo serviço.

O imóvel chegou a passar por cinco leilões para ser vendido. Nos dois primeiros, não houve interessados.

Em maio de 2019, no terceiro leilão, o imóvel chegou a ser arrematado por R$ 23,3 milhões. Mas o comprador, que não teve o nome revelado, não depositou o valor dentro do prazo estipulado pelo leiloeiro.

Em 2020, foi finalmente arrematada pelo empresário paraibano Janguiê Diniz por R$ 27,5 milhões e, desde então, está parada. Diniz é dono de empresas de educação e faculdades particulares como “Grupo Ser Educacional”, “Universidade de Guarulhos” e “UniVéritas”.

Vizinhos e seguranças da região disseram neste domingo (14) ao g1 que há tempos não veem movimentação ou qualquer obra de restauro e manutenção no prédio.

O mármore claro que revestia a casa por dentro e por fora, com o tempo foi ficando marcado pela fuligem, o mofo e a deterioração natural do tempo.
A reportagem chegou a bater nas duas portarias do prédio para conversar com os seguranças que cuidam na preservação do edifício, mas não foi atendida.

Os sinais da presença mínimas de pessoas se vê pelos sacos de lixo amarrados na porta e por um caminhão azul estacionado bem na entrada da antiga garagem de carros.
“Diziam que o prédio seria demolido para a construção de um condomínio. Mas li na imprensa que o novo dono não confirmou a venda pra nenhuma construtora. E pelas leis de zoneamento da região, dificilmente ele vai conseguir erguer torres de apartamento aqui, uma vez que você pode notar que a vizinhança é formada apenas de casas”, afirmou a única vizinha que caminhava com um cãozinho pela rua calma de mansões neste domingo (14).

Os vizinhos dizem se preocupar com a situação da minifloresta dentro da casa, que tem mais de 200 árvores e teve o desenho paisagístico do famoso artista plástico carioca Roberto Burle Marx.

g1 tentou contatou com as empresas de Janguiê Diniz, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Edemar Cid Ferreira, fundador e antigo controlador do falido Banco Santos, morreu neste sábado (13), aos 80 anos, em São Paulo. O ex-banqueiro ficou famoso como colecionador de obras de arte e pela mansão extravagante que construiu no Morumbi, na zona sul da capital paulista.

Cid Ferreira morreu do coração, dormindo. Ele deixou esposa e três filhos.

 

Foto Capa: Reprodução/TV Globo

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