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Saúde

SBG lança cartilha preventiva para detecção de glaucoma infantil

Foto: Divulgação/ SBG

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No próximo dia (17), a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) lança em live, no seu canal no YouTube, um novo aliado de pais e pediatras para a detecção precoce do glaucoma infantil. Trata-se da cartilha Glaucoma infantil, diagnóstico precoce é a melhor opção, cujos três personagens (Íris, Glauco e Pio) protagonizam a campanha de prevenção ao glaucoma pediátrico que será lançada pela SBG. Embora a doença não tenha cura, ela tem tratamento. Entre adultos, o glaucoma é considerado a principal causa de cegueira irreversível no mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é responsável por 5% dos casos de cegueira em crianças em todo o globo. Isso significa que de 1,5 milhão de crianças de 0 a 7 anos de idade, 75 mil ficaram cegas devido à doença.

“A população, os pediatras, são nosso público-alvo da live, porque são as primeiras pessoas que têm contato com a criança com suspeita de glaucoma infantil que dá sintomas”, disse nesta terça-feira (15) à Agência Brasil a oftalmologista Hévila Rolim, professora de oftalmologia da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e coordenadora do setor de Glaucoma Pediátrico da SBG. Hévila é uma das autoras da cartilha, ao lado de Ana Flávia Belfort e Regina Cele Silveira Seixas, também coordenadoras do setor de Glaucoma Pediátrico da entidade.

Tipos

O tipo mais comum da doença é o glaucoma congênito. “A criança nasce já com sinais, ou desenvolve nos dois primeiros anos de vida. Pais e pediatras que têm o primeiro contato precisam reconhecer os sinais para que um especialista seja procurado”, indicou Hévila. Na criança, o glaucoma não costuma ser silencioso, como ocorre com o adulto.

Há outros tipos de glaucoma infantil, como o congênito secundário, que pode surgir em decorrência de cirurgia de catarata congênita, do uso de corticoides por longos períodos, de trauma ocular e de outras malformações do olho. Hévila Rolim esclareceu que até os 4 anos de idade, o olho da criança está mais maleável, em crescimento.

“Esse olho se distende com o aumento da pressão ocular e muda o formato. Por isso, surgem alterações, como o olho ficar grande, a córnea ficar opaca”. Depois dessa faixa etária, o glaucoma pode vir a ser silencioso. Daí, ser importante a consulta regular com um oftalmologista para que a doença possa ser identificada.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que a criança sem nenhum fator de risco realize, em primeiro lugar, o Teste do Olhinho ainda na maternidade e, depois, a primeira consulta com um oftalmologista entre 6 meses e um ano de vida. “Mas toda criança deve passar por uma consulta de rotina com oftalmologista entre 3 anos e 5 anos”, insistiu a especialista.

Tratamento

Para o principal tipo do glaucoma infantil, que é o glaucoma congênito primário, o tratamento é essencialmente cirúrgico, diferente do adulto, em que o tratamento principal começa com colírio. Na criança, ele pode ser usado até a cirurgia ou como um adjunto ao tratamento cirúrgico. Como a doença é causada por uma má formação, o olho produz diariamente um líquido que todo dia é escoado, no sistema de drenagem do olho.

“No glaucoma congênito, esse sistema de drenagem é mal formado e isso leva ao aumento da pressão ocular”. No glaucoma congênito, o objetivo da cirurgia é restaurar o escoamento desse líquido, para restaurar a pressão intraocular”. “É esse glaucoma que assombra a gente, porque ele cega”.

Hévila esclareceu que mesmo com a cirurgia, os médicos podem normalizar a pressão, mas não conseguem fazer o olho reduzir de tamanho, ou seja, não conseguem restaurar a anatomia do olho.

“Essa é a preocupação da gente, porque isso leva ao glaucoma infantil que é a principal causa de cegueira entre crianças”. Advertiu que mesmo fazendo a cirurgia, muitas crianças vão apresentar alguma deficiência porque, na maior parte das vezes, o paciente não chega aos especialistas em estágio inicial.

“Já chega com glaucoma avançado”. Por isso, a SBG está lançado a cartilha para que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível, para que a criança possa ser referenciada a um oftalmologista capacitado a operá-la e normalizar a pressão intraocular. O diagnóstico tem que ser precoce para evitar a deficiência visual, reiterou. Nos outros tipos da doença, o tratamento pode ser cirúrgico ou clínico.

As três personagens da cartilha visam sensibilizar e aproximar as pessoas, falando sobre quais são as funções de cada parte do olho, como o olho funciona, quais são os sinais e sintomas do glaucoma infantil, como é feito o diagnóstico, como é o tratamento, quais são as recomendações de exames para uma criança saudável. “Está um material acessível para a população”.

 

Fonte: Agência Brasil

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