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Após declarar sua intenção de concorrer à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ronaldo Fenômeno já começa a traçar estratégias para viabilizar sua candidatura. O ex-jogador planeja iniciar conversas com representantes das 27 federações estaduais a partir de janeiro de 2025, buscando apoio para garantir os requisitos necessários à oficialização da sua candidatura.
Requisitos para concorrer
De acordo com o estatuto da CBF, Ronaldo precisa do apoio formal de, no mínimo, quatro federações estaduais e quatro clubes das Séries A ou B do Campeonato Brasileiro. Além disso, o ex-jogador não pode ter vínculo com nenhum clube, o que levou Ronaldo a avançar nas negociações para vender suas ações no Valladolid, clube da segunda divisão da Espanha, onde detém 83% das ações.
A venda é essencial para atender às exigências do pleito, especialmente considerando o histórico de críticas durante sua gestão no clube espanhol, marcada por austeridade financeira e conflitos com a torcida.
Sistema de votação em debate judicial
O atual formato eleitoral da CBF, que atribui peso três aos votos das federações estaduais, peso dois aos clubes da Série A e peso um aos da Série B, ainda aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A discussão pode impactar diretamente o pleito, dependendo de como a Justiça se posicionar sobre a constitucionalidade dessas regras.
Calendário das eleições e desafios políticos
O mandato do atual presidente, Ednaldo Rodrigues, vai até março de 2026. Contudo, a convocação para as eleições pode ocorrer a partir de março de 2025, o que dá a Ronaldo pouco tempo para articular os apoios necessários.
Um dos maiores desafios para Ronaldo será dialogar com as federações estaduais, que têm interesses potencialmente divergentes dos clubes. Questões como a formatação do calendário do futebol nacional e as regras para a Copa do Brasil são temas delicados que devem ser abordados com cautela.
Histórico e polêmicas na presidência da CBF
A gestão de Ednaldo Rodrigues foi marcada por disputas judiciais e acordos institucionais. A formação de ligas independentes pelos clubes e a revisão do sistema eleitoral são pontos de atrito entre federações e times.
O cenário se complica ainda mais com a suspensão do julgamento do STF sobre a liminar que reconduziu Ednaldo ao cargo, após sua destituição em 2023 devido a questionamentos sobre o TAC assinado pela entidade com o Ministério Público.
Futuro incerto
O caminho para Ronaldo à presidência da CBF está longe de ser fácil. Com desafios que vão desde negociações internas até questões judiciais complexas, o ex-jogador terá que equilibrar sua popularidade com habilidade política e estratégica para conquistar uma posição que, historicamente, nunca foi disputada por mais de um candidato.
Se a candidatura se consolidar, Ronaldo promete trazer uma perspectiva inovadora e técnica, focada na modernização e no crescimento do futebol brasileiro. Resta saber se sua trajetória como jogador e empresário será suficiente para convencer o colégio eleitoral da CBF.
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