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Se você é fã de música sertaneja contemporânea, já deve ter se questionado qual a diferença entre o que chamamos de “sertanejo universitário” e “sertanejo raiz”, este que tem ligação direta com os modões de viola que provavelmente já passaram por você em algum momento da vida – isso se não for o seu estilo favorito do gênero.
Quando a gente olha em volta com atenção, percebe que tudo está em constante transformação, né? Com a música não é diferente. Os estilos que embalam gerações nascem em contextos históricos que influenciam (e muito) o que a gente ouve – e a Brahma entra nessa história como parceira: há anos vem se consagrando como a cerveja do sertanejo, apresentando os principais eventos e festas pelo país com o Circuito Brahma e, claro, curtindo aquela sofrência boa com a gente né?!
Por isso, Brahma nos pediu pra explicar as diferenças entre esses movimentos, pra você virar especialista no assunto. Será que você já sabe? Tem alguma ideia? Confira essa lista que a gente preparou listando as principais diferenças entre o raiz e a versão mais “pop” do sertanejo.
1. Chora viola, chora coração
Se o assunto é “modão”, meu amor, a gente tem certeza de quatro coisas: que a viola vai chorar, a sanfona vai sofrer, a voz vai arder e aquela Brahma cremosa vai chegar. A moda de viola é o princípio do que conhecemos hoje por música sertaneja, e marca, principalmente, os anos de 1910 e 1920, após a 1° guerra mundial. No Brasil, esse movimento coincide no interior do sudeste paulistano e na região centro-oeste do país, com destaque para Goiás.
O modão é marcado por canções sobre a vida rural, afastadas dos grandes centros urbanos e da indústria. Foi nesse momento que as duplas caipiras entraram em cena, narrando os desafios da vida no campo, causos típicos e amores impossíveis – tudo isso nos embalos de um instrumental melancólico que representava o estado de espírito do compositor: às vezes em tom de “dor de cotovelo” pela mulher amada, às vezes contemplativo ou entristecido em relação à paisagem ruralista, em constante mudança.
2. Loucuras de #AgroAmor
Ainda embalados por instrumentos como viola e gaita, o sertanejo raiz se mantém fiel à sua relação com o campo, o interior paulista e a paisagem rural do centro-oeste entre os anos de 1920 e 1940 – mas isso começa a mudar nas décadas seguintes.
Com forte influência do country norte-americano e com as mudanças culturais no Brasil e no mundo, o sertanejo começou a incorporar outros instrumentos, como a guitarra, o que chama atenção do público mais jovem.
Além disso, os temas das canções focam mais no amor romântico do que na vida ruralista, ou seja, a vida amorosa fica mais em “evidência”, sacou? Nos anos 80, as duplas marcaram a trilha sonora das principais novelas e lotaram shows e arenas por todo o Brasil. Quem nunca curtiu uma sofrência raiz no último volume com uma Brahma geladinha não viveu o auge da vida ainda.
3. A fila anda. Próximo!
Se nos anos 80 o sertanejo raiz ainda trazia o amor sofrido como elemento central, de 1990 a 2000 começamos a ver o embrião do sertanejo universitário, que é dançante, agitado, pop, e fala de amor de um jeito meio… “a fila anda”, “vida que segue”, “eu tô melhor assim”, sabe?
Aqui as mulheres passam a ter mais protagonismo: elas cantam o amor e a traição a partir de suas perspectivas, e tratam de questões complexas de relacionamentos além da superação. O feminejo no Brasil só tem potências, né?
Outro aspectos importantes dessa versão é que ela conta com instrumentos mais eletrônicos, o que possibilita a mixagem do sertanejo com outras vertentes musicais, como o pagode e o funk (é funknejo que chama?!). Os artistas trazem nas canções um apelo à ostentações, vida boa e bons drinks, algo do tipo: eu vou é curtir minha vida e seja o que Deus quiser.
Depois de saber mais sobre as diferenças entre esses movimentos, diz aí: você é mais estilo raiz ou sertanejo universitário?
Foto: Shutterstock
Fonte: Gshow
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