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De janeiro a julho deste ano, saíram das fábrica da ZFM 4,8 milhões de relógios de pulso e bolso
O Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou novo recorde, faturando R$ 128,7 bilhões entre janeiro e julho de 2025. Dentre os itens que registraram alta na linha de produção, um dos destaques dados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) foi na produção de relógios de pulso e bolso, com 4,8 milhões de unidades fabricadas, aumento de 33,21% em relação ao ano passado. Nos primeiros sete meses deste ano, esse segmento faturou R$ 960,8 milhões.
Esses números são registrados mesmo em meio ao aumento do uso da tecnologia, onde relógios foram muitas vezes substituídos pelos celulares ou smartwatches. Em 2024, foram produzidos em Manaus, 6,8 milhões de relógios.
O superintende da Suframa, Bosco Saraiva, destacou que a indústria relojoeira é uma das mais antigas e tradicionais do PIM, iniciando coma Beta S.A ainda nos primórdios da Zona Franca de Manaus (ZFM).
“Desde então, o segmento se solidificou porque produz artigos que competem em qualidade e preço com os concorrentes nacionais e internacionais. Acredito que o relógio de pulso é um item que continua a agradar o público em geral, a despeito da tecnologia, por diversos motivos como: tradição, estilo, coleção, status, durabilidade, dentre outros”, disse.
Esse dado pode ser comprovado a partir da análise do faturamento do polo relojoeiro do PIM. Em 2020, esse subsetor registrou faturamento de R$ 949,5 milhões. Quatro anos depois, no ano passado, o valor faturado chegou a R$ 1,4 bilhão. O que representa um crescimento de 48%.
A mão de obra empregada nesse segmento também experimentou aumento gradativo no período de 2020 a 2025. Saiu de 1,6 mil postos de trabalho para 2,8 mil, segundo dados da Suframa. Uma elevação de 80%.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, destaca que a relevância do segmento no PIM mesmo na era da alta tecnologia prova a capacidade da indústria em se adaptar e atender a diferentes públicos.
“O sucesso desse setor não é um acaso, mas sim o resultado de décadas de trabalho, inovação e tradição. A produção de relógios no PIM teve início nas décadas de 1970 e 1980, o que permitiu o acúmulo de conhecimento técnico e a formação de uma cadeia produtiva robusta”, relembra.
O dirigente ressalta que o setor relojoeiro em Manaus consegue atender a uma gama diversificada de consumidores, que não restringem suas compras aos relógios inteligentes, como também buscam modelos tradicionais, seja pela estética ou pelo status.
Além disso, segundo Silva, há um nicho de mercado que valoriza a relojoaria mecânica e os modelos com designs exclusivos, tratando o relógio como um objeto de arte e engenharia.
“Em resumo, a força do setor de relojoaria em Manaus está em sua capacidade de oferecer uma variedade de produtos que combinam funcionalidade, estilo e tradição, provando que, mesmo em um mundo digital, o relógio de pulso e de bolso continua sendo um item de destaque e com grande valor”, completou.
Indicadores
O relatório da Suframa mostra que, além dos produtos relojoeiros, houve alta na produção de monitores com tela de LCD para uso em informática, com 2.107.366 unidades e crescimento de 22,19%; bicicletas (incluindo as elétricas), com 284.143 unidades e alta de 22,19%; motocicletas, motonetas e ciclomotos, com 1.226.225 unidades produzidas e aumento de 15,44%; e condicionadores de ar do tipo split system, com 3.711.764 unidades e crescimento de 14,87%.
Os subsetores com maior participação no faturamento do PIM entre janeiro e julho foram Bens de Informática (21,54%), Duas Rodas (19,81%), Eletroeletrônico (16,54%), Químico (10,1%), Mecânico (9,07%), Termoplástico (8,79%) e Metalúrgico (7,96%).
Fonte: A Crítica
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