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A produção de café robusta (conilon) no Amazonas registrou uma queda em 2024, totalizando 18,8 mil sacas beneficiadas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O número representa uma redução em relação a 2023, quando a produção foi de 19,1 mil sacas, indicando desafios para os cafeicultores do estado, apesar da melhora na produtividade.
Os dados apontam que, enquanto a área plantada permaneceu estável em 528,6 hectares, a produtividade teve um salto significativo, passando de 27,94 sacas por hectare em 2023 para 35,57 sacas por hectare em 2024, o que compensou parcialmente a queda na produção total.
Comparação 2023 x 2024 no Amazonas
- Produção (mil sacas):
- 2023: 19,1 mil sacas
- 2024: 18,8 mil sacas
- Variação: -1,57% (queda)
- Área plantada (ha):
- 2023: 528,6 ha (hectare)
- 2024: 528,6 ha (hectare)
- Variação: Estável
- Produtividade (sc/ha):
- 2023: 27,94 sc/ha
- 2024: 35,57 sc/ha
- Variação: +27,3% (alta)
A redução na produção de café robusta no Amazonas pode ser explicada por uma combinação de fatores climáticos, dificuldades na colheita e desafios logísticos de transporte.
Ainda assim, os dados apontam para um avanço na produtividade por hectare, o que sugere melhorias técnicas nas lavouras.
Segundo o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Edson Barcelos, as condições climáticas adversas reduziram a safra de café no Amazonas e o calor acima da média impactou a já limitada produção do estado, afetando também outras culturas na região.
“Tivemos efeitos nas produções de diversas culturas, e atribuímos essas variações às mudanças climáticas observadas nos últimos anos, especialmente em 2024, quando notamos reduções consideráveis nas safras de outras culturas no estado, como açaí, citros, cupuaçu e frutas nativas”, afirmou.
Amazonas e a produção nacional de café robusta
O Brasil segue como um dos maiores produtores de café robusta do mundo, com uma safra total de 14,6 milhões de sacas em 2024.
O Amazonas representou apenas 0,13% da produção nacional de café robusta, com 18,8 mil sacas beneficiadas em 2024, enquanto Espírito Santo (13,86 milhões de sacas), Bahia (3,06 milhões) e Rondônia (2,09 milhões) dominam o setor.
O Espírito Santo concentra 94% da produção nacional, destacando a força dos estados tradicionais.
Apesar do volume reduzido, o Amazonas busca fortalecer a cafeicultura como alternativa econômica para pequenos produtores, associando o cultivo à bioeconomia e práticas sustentáveis.
Desafios e mercado do café no Amazonas
O preço do café robusta pago ao produtor no Amazonas em 2024 foi R$ 1.200 por saca, um aumento de 26,3% no mês e 84,6% no ano.
A valorização do conilon reflete a alta demanda global e estoques reduzidos, principalmente no mercado asiático.
No entanto, estados como Rondônia e Espírito Santo receberam preços médios acima de R$ 1.900 por saca, evidenciando um mercado mais consolidado.
Apesar da queda na produção, a maior produtividade do café robusta no Amazonas em 2024 sinaliza um potencial de crescimento para os próximos anos.
Para que o estado amplie sua participação no mercado nacional, será essencial investir em logística, tecnologia e suporte técnico aos produtores.
Fonte: RealTime1
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