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A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), participou, nesta sexta-feira (10/11), do treinamento “Proteção de Povos Indígenas em Deslocamento Forçado”, promovido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), com o objetivo de qualificar e fortalecer as capacidades técnicas dos profissionais da rede de assistência social do município no atendimento a populações indígenas refugiadas, com foco especial no atendimento voltado para indígenas venezuelano.
Realizado no auditório da sede administrativa da concessionária Águas de Manaus, no bairro Aleixo, zona Centro-Sul, o treinamento reuniu 35 servidores das políticas de Proteção Social Básica, Especial e de Serviços de Acolhimento administrados e executados pela gestão municipal, como a organização familiar e sociopolítica dessa população, barreiras linguísticas, integração sociocultural e resolução de conflitos.
“O objetivo é o fortalecimento de nossas estratégias voltadas para o atendimento dessas famílias, por meio da qualificação de nossas equipes técnicas e a assimilação de informações que não necessariamente dizem respeito à assistência social, mas que também são úteis para uma melhor compreensão cultural dos nossos usuários”, afirmou a gerente do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), da Semasc, Ana Paula Sarrazin.
De acordo com dados coletados pelo Acnur, estima-se que a cidade de Manaus possui, hoje, mais de 10,7 mil indígenas venezuelanos, onde, ao menos, 70% desse grupo populacional seja composto por indivíduos da etnia warao. Para o doutor em Antropologia e Associado de Campo para Assuntos Indígenas do Acnur, Gabriel Tardelli, é fundamental que os servidores responsáveis pela execução das políticas públicas voltadas ao atendimento dessa população tenham a sensibilidade e o conhecimento necessários para lidar com os inúmeros desafios apresentados pelo constante choque cultural.
“São informações que, ainda que, por uma dimensão antropológica, são pensadas justamente nos desafios que esses técnicos podem enfrentar cotidianamente. Apresentamos dados sobre a configuração familiar, concepções de infância e outros aspectos socioculturais que são de extrema importância para a resolução de possíveis conflitos durante o trabalho de atendimento dessas pessoas, além de também trabalhar os direitos já garantidos aos povos indígenas pela Constituição de 1988, pela Convenção nº 169, da Organização Internacional do Trabalho, e outras autoridades internacionais”, explicou o antropólogo.
Psicóloga do Paif do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Compensa 2, Gleide Costa, destacou a importância do treinamento realizado para os trabalhos já realizados por ela e seus colegas na garantia de direitos das famílias atendidas pela Rede de Proteção Social da capital amazonense.
Com informações da assessoria
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