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O soldado da Polícia Militar Thiago dos Santos Almeida, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, foi preso suspeito de matar com pelo menos cinco tiros a companheira na manhã desta segunda-feira na frente dos dois enteados na Rua Sibéria, em Bangu, Zona Oeste da cidade. A professora Ellen Ramos Soares Ribeiro, de 32 anos, foi encontrada pela prima Kelen Cristina de Freitas caída em um cômodo da residência de seus pais por volta de 6h.
De acordo com Kelen, Thiago invadiu a casa dos sogros e assassinou Ellen na frente dos dois filhos dela. A investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), ela explicou que ouviu gritos na casa e, quando foi ver o que tinha acontecido, já encontrou a vítima sem vida. A prima da professora relatou ainda que uma das crianças disse ter visto Thiago matar Ellen.
A companheira do policial era sobrinha do ex-deputado federal e ex-vereador Luiz Carlos Ramos. Ele e seu filho, o vereador Luiz Carlos Ramos Filho foram ao local onde aconteceu o assassinato.
— Ele matou a minha filha. Olha o que ele fez. Ela tinha dois filhos. O que vou falar com os meus netos? Ele veio à minha casa e matou a minha filha — desabafou Sidney Soares, de 62 anos, pai de Ellen.
Segundo o vidraceiro Fernando José de Souza, tio de Ellen, o casal passou o fim de semana na Praia de Coroa Grande, em Itaguaí, e ontem à noite voltou a brigar. Ellen então decidiu ir para a casa dos pais com os dois filhos, enquanto Thiago ficou no local onde morava com Ellen.
Ainda de acordo com os familiares, durante a madrugada desta segunda, o militar foi até a casa onde a professora estava, pulou o portão, arrombou a porta, bateu na mulher a matou no quarto da filha de três anos. Em seguida ele fugiu.
Fernando também disse que Thiago era muito ciumento e agressivo e que, há três meses, Ellen teria sofrido agressões por parte do companheiro. Após isso, a professora tentou sair do relacionamento, mas o PM não aceitava.
Thiago se entregou horas depois de ter matado a companheira. Ele foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) no Méier e encaminhado para a DHC, que investiga o caso. O militar já tinha anotações criminais por violência doméstica. Thiago havia sido reprovado no processo de seleção da PM, mas ganhou na Justiça o direito de fazer o curso de formação.
*Extra
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