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O PSDB aprovou nesta quinta-feira (05/06) a incorporação do Podemos à sigla em convenção nacional marcada por discursos em defesa da sobrevivência política e do retorno ao protagonismo nacional. A nova sigla será, inicialmente, chamada de PSDB+Podemos.
Embora seja tratada publicamente como uma fusão, na prática a união será registrada como incorporação do Podemos pelo PSDB. A manobra evita penalidades legais por romper antecipadamente a federação com o Cidadania.
No Amazonas, o novo partido deverá ser liderado pelo senador Plínio Valério (PSDB), que participou da reunião e votou a favor da fusão. A informação foi dada pelo senador ao RealTime1.
Segundo o senador, com o novo arranjo, ficou decidido que os senadores com mandato assumirão o comando da nova legenda em seus estados. Com isso, Plínio Valério passará a liderar a futura sigla no Amazonas.
“Onde tiver senador caberá a ele o comando. Isso serve para os três senadores do PSDB e quatro do Podemos.” afirma o parlamentar.
Sob o comando de Plínio Valério, os deputados e vereadores do Podemos devem enfrentar um cenário complicado para permanecer na legenda.
Isso porque a sigla integra a base de apoio do governador Wilson Lima, o que deve gerar conflitos internos — especialmente entre os deputados estaduais e o senador que disputará a reeleição contra o atual governador.
Atualmente, a presidência regional do Podemos é ocupada pela deputada Alessandra Campelo, uma das principais aliadas de Wilson Lima, que deve disputar o Senado em 2026 em uma eventual corrida direta contra o próprio Plínio.
Ao RealTime1, o senador afirmou ainda que a fusão resolve o único problema que ele enfrentava no PSDB.
“Penso que resolve o único problema que eu tenho até aqui no PSDB: tempo de televisão.” concluiu Plínio.
A nova sigla PSDB + Podemos
A nova sigla tem previsão de ser oficializada no TSE em julho e estar liberada até outubro, a tempo das eleições municipais. O nome definitivo será definido com base em pesquisas internas e consulta aos filiados.
Na convenção, os tucanos aprovaram a fusão com 201 votos a favor e apenas dois contra. Também autorizaram a Executiva a concluir os trâmites jurídicos e elaborar o novo estatuto e programa partidário.
Apesar do avanço, ainda há disputa sobre o comando nacional da nova sigla. O Podemos reivindica a presidência para a deputada Renata Abreu (SP), mas os tucanos propõem um rodízio no comando até 2026, com alternância a cada seis meses.
O novo partido tenta recuperar espaço no cenário nacional, após o esvaziamento do PSDB nos últimos anos. Em 2022, a legenda teve seu pior desempenho na história: elegeu apenas 13 deputados federais e nenhum senador. O governador Eduardo Leite, que era nome cotado para disputar a presidência, deixou o PSDB e migrou para o PSD.
No evento, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, lançou o lema “Radical no que importa”, prometendo oposição firme ao governo Lula e reforço nos temas que marcaram o partido nos anos 1990, como responsabilidade fiscal e programas sociais.
A expectativa é que, após a fusão, a nova legenda pretende formar uma federação com outros partidos, como o Solidariedade, fortalecendo sua presença nas eleições de 2026.
Fonte: RealTime1
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