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Mulher responsável por aliciar passageiros foi presa em Londres e uma empresa usada para movimentar dinheiro do tráfico teve as contas bancárias bloqueadas.
A Polícia Federal de Campinas (SP) prendeu, nesta quarta-feira (4), cinco suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, entre eles um estrangeiro apontado como chefe da quadrilha. Uma sexta pessoa está foragida.
Segundo a PF, o grupo aliciava passageiros para enviar cocaína para a Europa a partir de aeroportos brasileiros, incluindo o Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Os passageiros transportavam a droga dentro do corpo, ingerida em cápsulas.
Na operação realizada nesta quarta, foram expedidos mandados de prisão preventiva em Londres (Reino Unido), São Paulo (SP), Guarulhos (SP) e Manaus (AM). Em Londres, foi presa uma mulher apontada como aliciadora, responsável por recrutar as “mulas” – os passageiros que ingeriam as drogas.
Os alvos são apontados como responsáveis por aliciar os passageiros, emitir passagens e documentos de viagem, custear despesas e fornecer a droga. Uma das pessoas procurada em Manaus não foi encontrada.
A PF informou que o estrangeiro é nigeriano e já foi preso pela corporação por tráfico internacional de drogas em 2013 e 2017.
“Ele já foi ‘mula’ e então criou uma rede própria, com o objetivo de angariar lucro e criar a sua própria organização”, disse André Ribeiro, chefe do Núcleo de Inteligência da PF de Campinas.
A mulher com mandado de prisão expedido em Londres já havia sido presa pelo mesmo tipo de crime em abril de 2025, de acordo com a corporação.
Além das prisões, a Justiça Federal determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados e de uma empresa usada para movimentar dinheiro do tráfico, até o limite de R$ 1 milhão. Só no segundo semestre de 2024, o grupo movimentou cerca de R$ 700 mil, segundo a PF.
Durante a ação, foram apreendidos veículos, valores, mídias e celulares. “O objetivo é entender se há outros integrantes da organização ou de onde veio a droga. A gente vai analisar esse material e o trabalho segue incansavelmente no aeroporto”, afirmou Ribeiro.
A operação recebeu o nome de Via Corporis – expressão em latim que significa “caminho do corpo” – em referência à forma como a droga era transportada.
A investigação começou em outubro de 2024, após a prisão de uma jovem de 20 anos no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Ela tentava embarcar para Paris com 1,3 kg de cocaína escondidos no organismo.
Esta é a terceira operação contra o tráfico internacional de drogas realizada pela PF nesta semana. Na terça-feira (2), três suspeitos de integrar esquema ligado ao PCC foram presos em Manaus, e uma quadrilha chefiada por mulheres foi alvo de outra ação na quarta-feira (3).
A pena para os crimes investigados, como tráfico internacional, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, pode ultrapassar 35 anos de prisão.
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