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O homem que foi filmado esmurrando e sufocando o enteado de 4 anos se entregou à polícia na noite desta sexta-feira (16). Victor Arthur Possobom compareceu com um coronel da Polícia Militar (PM) e um advogado à 77ª DP (Icaraí) e, depois, foi encaminhado para a 76ª DP, no Centro de Niterói.
A polícia tem pelo menos seis inquéritos contra o empresário, incluindo o de agressão contra o enteado. Além deste caso, Possobom também foi denunciado por agredir a própria mãe e namoradas.
A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) e decretou a prisão preventiva de Victor pelos crimes de agressão e tortura contra o menino de 4 anos.
Câmeras de segurança do condomínio onde a família morava, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, flagraram as agressões de Victor contra o menino na recepção e no elevador do prédio.
Na decisão, a magistrada comentou sobre o comportamento do menino antes de receber os ataques de Victor. Segundo Juliana Krykhtine, ele “demonstrava um comportamento tranquilo, passivo e, aparentemente, nada fez para provocar uma reação tão desmensurada por parte do réu”.
“Há nítida superioridade física do réu face à vítima, o que por si só já demonstra a crueldade da conduta e a condição de indefeso da mesma, que conta com menos de 5 anos de idade”, escreveu a juíza em sua decisão.
A defesa de Victor alega que o empresário sofre de transtornos psiquiátricos.
Defesa alega problemas psiquiátricos
Em contato com a TV Globo, o advogado Daniel Aguiar, responsável pela defesa de Victor Arthur Possobom, disse que seu cliente sofre de transtornos psiquiátricos, e vem sendo submetido a tratamento.
“Tenho a esclarecer que meu cliente sofre de transtornos psiquiátricos, e vem sendo submetido a tratamento nesse sentido. Ele tem transtorno comportamental com alternância de momentos de euforia e comportamentos impulsivos. Ele faz uso de medicamentos de controle especial e exatamente no dia dos fatos, em razão de Sra. Jéssica (mãe da criança) ter tido, também um “surto” dizendo que iria tirar a própria vida, deixou-o em um estado de completa tensão emocional”, diz um trecho da nota da defesa do empresário.
Segundo o advogado, a ex-companheira de Victor Possobom também responde a processos criminais.
Novo pedido de prisão
Além do pedido de prisão apresentado MPRJ, a Polícia Civil já havia feito um outro pedido de prisão preventiva contra Victor Arthur Possobom, que aparece em imagens de câmeras de segurança esmurrando e sufocando o enteado.
O pedido de prisão, feito pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói, é por violência psicológica contra a ex-companheira, a chefe de cozinha Jéssica Jordão. Ela é a mãe da criança e contou que também era agredida por ele.
Victor já tinha um outro pedido de prisão apresentado pela Polícia Civil e encaminhado à Justiça, por causa das agressões contra o menino. O episódio foi em fevereiro, mas as imagens só vieram a público esta semana.
Câmeras de segurança do condomínio flagraram as agressões na recepção e no elevador (veja acima). Em um sofá no lobby, Victor olha ao redor procurando testemunhas e sufoca a criança. Ao subir para o andar, o homem coloca a mão na boca e no nariz do menino. A criança fica imóvel.
Jéssica Jordão, mãe da criança, afirma que também era vítima de violência doméstica. Ela conta que Victor a mantinha em cárcere privado e batia nela com luvas de boxe para não deixar marcas.
Victor e Jéssica ficaram juntos durante dois anos e têm uma filha de menos de 1 ano. A chefe de cozinha diz que foi proibida de ter contato com a menina desde que fugiu de casa, em julho deste ano. Segundo Jéssica, Victor e a mãe alegavam que ela tinha insanidade mental e não poderia sair do apartamento com a filha.
Após um dos abusos sexuais que Jéssica sofreu, ela engravidou, mas perdeu o bebê devido às agressões constantes.
Possobom tem um histórico violento. Em 2013, ele foi acusado de bater na própria mãe e na ex-namorada. Na época, as duas haviam brigado, e ele escorou a mãe na parede e a segurou pela gola. Depois, fez o mesmo com a namorada e a levou para o quarto.
Ele tem diversas acusações de violência em delegacias distritais e delegacias de atendimento à mulher de Niterói por:
- Lesão corporal;
- Lesão corporal culposa;
- Injúria;
- Ameaça.
Foto: Reprodução
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