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No encalço dos responsáveis por uma tentativa de roubar uma transportadora de valores da cidade de Confresa (MT), uma operação policial, com agentes do Tocantins, Mato Grosso, Pará, Goiás e Minas Gerais, deixou 6 suspeitos mortos ao longo dos últimos 12 dias. No momento, cerca de 350 policiais se concentram em um perímetro de 50 quilômetros dentro do município de Pium (TO), que conta com uma população de cerca de 7 mil pessoas.
Além dos policiais, a operação conta com drones com câmeras termais, cedidos pelas forças de segurança de Minas Gerais, e helicópteros.
O último confronto entre os policiais e os criminosos aconteceu na tarde desta terça-feira, nos arredores do povoado de Café da Roça, em Pium. Naquele dia, quatro membros da quadrilha foram mortos. Um vídeo mostra a troca de tiros:
No dia 10 de abril, horas após o ataque a Confresa, o primeiro membro do grupo criminoso foi morto em uma troca de tiros com policiais. A segunda morte, por sua vez, foi no dia 12. Até o momento, apenas uma pessoa foi presa.
Ao longo dos últimos doze dias, armamento pesado foi apreendido pelas forças policiais: dois fuzis .50, um fuzil 7.62, 50 carregadores de fuzis, milhares de munições, oito coletes balísticos, três capacetes balísticos, materiais explosivos e detonadores, coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras, balaclavas e mochilas.
Ataque e fuga
No dia 9 de abril, um domingo, cerca de 15 bandidos armados com fuzis invadiram o quartel da Polícia Militar de Confresa, município há mil quilômetros da capital Cuiabá. Os policiais dentro do prédio foram rendidos, e o local incendiado. A detonação de explosivos também provocou destruição nos telhados de prédios e casas ao lado.
Carros nas redondezas também foram incendiados pelos criminosos. Após o ataque ao quartel, o grupo se dirigiu até a transportadora de valores Brinks. Vídeos mostram paredes da empresa sendo explodidos durante a ação.
O grupo, no entanto, não conseguiu roubar o dinheiro. Segundo o comandante da Polícia Militar do Tocantins, onde os criminosos se refugiaram, a expectativa deles era levar até R$ 60 milhões do local, mas a demora para abrir o cofre fez com que desistissem e deixassem a cidade em fuga:
— Eles vieram muito bem preparados. A ação teve início em Confresa, e eles calcularam que teriam 3 horas para arrombar o cofre. Por que 3 horas? Era o prazo que o Bope de Mato Grosso teria para chegar. Com 2h30 eles abandonaram o cofre, sem levar nenhum centavo, no sentido de Tocantins — explica o coronel Márcio Barbosa.
Ao deixarem Confressa, o bando se dirigiu até a cidade de Santa Terezinha em carros blindados. De lá, eles entraram em embarcações e seguiram pelo Rio Araguaia até o Rio Javaés. Após desembarcarem na Ilha do Bananal, onde fica Pium, foram supreendidos pela força-tarefa policial, no que resultou na primeira troca de tiros entre os dois grupos, no dia 10 de abril, quando morreu o primeiro membro da quadrilha.
Invasões a fazendas e roubos de veículos se seguiram durante a fuga do grupo. Funcionários e turistas que estavam no Projeto Canguço, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), chegaram a ser retirados às pressas da área por conta das ações dos criminosos. Um barco chegou a ser roubado do local.
Ainda segundo o comandante da PM, o único suspeito até capturado com vida até o momento já chegou a dar detalhes do planejamento do crime às autoridades:
— Ele disse que é uma quadrilha do interior de São Paulo. Ele disse que estavam há praticamente um ano planejando o assalto, que investiram muito dinheiro. — aponta o coronel.
Fonte: O Globo
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