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Três anos após ser presa em flagrante em Pernambuco por praticar um estelionato, conhecido como “golpe do abadá”, uma mulher de 24 anos foi detida novamente no Recife. Ela também é suspeita de se passar por uma médica e trabalhar em um hospital, mesmo sem ter habilitação, no Amazonas.
Segundo a polícia pernambucana, o mandado de prisão preventiva foi cumprido na sexta (3), no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife. A polícia não divulgou oficialmente o nome dela.
De acordo com denúncias de profissionais de saúde, a mulher utilizou a identidade de uma médica de Pernambuco para ser contratada pela Secretaria de Saúde do Amazonas.
Com isso, ela chegou a trabalhar por mais de uma semana no hospital de Parintins, no interior do estado da região Norte, atuando no setor de neonatologia.
Em 2019, a suspeita, que responde por outros três estelionatos, já tinha sido presa no Recife por vender, pelas redes sociais, ingressos falsos para festas de carnaval. Na época, ela tinha 19 anos.
Prisão preventiva
O mandado de prisão preventiva contra a jovem foi expedido pelo juiz Walmir Ferreira Leite, da 16ª Vara Criminal do Recife, após solicitação do delegado Mário Melo, da Delegacia de Água Fria.
No documento em que informa o cumprimento da prisão à Justiça, o delegado afirma que a mulher detida responde a outros três processos por estelionato e era considerada foragida.
“Há poucos dias, obtivemos informações de que a acusada ainda estaria fazendo exercício ilegal da medicina, tendo sido descoberta praticando a profissão num hospital infantil localizado na cidade de Parintins, no Amazonas”, registrou.
Procurada pelo g1, a Polícia Civil de Pernambuco informou, por meio de nota, que a mulher foi presa no bairro de Água Fria. Ainda segundo a corporação, ela foi indiciada, no início deste ano, pelos crimes de estelionato e exercício ilegal da medicina.
A polícia finalizou a nota, dizendo que “mais detalhes serão fornecidos em momento oportuno”.
Golpe do abadá
Em 20 de fevereiro de 2020, a jovem foi presa após ser flagrada praticando o “golpe do abadá” em pelo menos dez vítimas. Na época, o delegado Igor Leite informou que o crime seguia duas etapas.
Na primeira, ela usava um nome falso para entrar em redes sociais de pessoas que atuam como intermediárias de empresas e negociar tíquetes para prévias, que usam o abadá como ingresso.
A segunda etapa do golpe também era dada pelas redes sociais, oferecendo os abadás por um preço mais baixo do que o de mercado.
Na época, o TJPE concedeu a ela o direito de ficar em liberdade provisória, sem o pagamento de fiança.
No entanto, a decisão previa que fossem cumpridas medidas cautelares. Entre elas, o comparecimento, a cada dois meses, à Justiça para comprovar as atividades, não frequentar bares e festas, voltar para casa às 22h e só deixar o Recife mediante autorização judicial.
*g1 AM
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