Curta nossa Página no Facebook

Raimundo Nonato Machado foi preso ao lado da esposa, em 2023 por envolvimento em um caso de agressão a uma babá e de disparo de arma de fogo contra um advogado em um condomínio na Ponta Negra.
O motorista que morreu após colidir com um poste e capotar o carro na Avenida do Turismo, em Manaus, nesta segunda-feira (4), foi identificado como Raimundo Nonato Machado. Ele foi preso em 2023 junto com a esposa por envolvimento em um caso de agressão a uma babá e de disparo de arma de fogo contra um advogado em um condomínio na Ponta Negra.
Informações preliminares apontam que Nonato teria colidido o carro que dirigia contra um poste e caído em uma área de barranco. As circunstâncias do acidente são desconhecidas.
Raimundo era faixa-coral 7º dan de jiu-jitsu e reconhecido por instituições da modalidade no Brasil e no exterior. Ele era um dos líderes da academia Nova União, em Manaus, e dividia com a esposa, Jussana Machado, o interesse pelas artes marciais.
Eles estavam juntos desde 2001 e se casaram oficialmente em 2014. Nas redes sociais, mostravam uma rotina com viagens, momentos em família e lazer.
Em 2021, Raimundo recebeu a Medalha de Ouro Alfredo Barbosa Filho, uma das maiores homenagens da Câmara Municipal de Manaus. Após o caso de agressão e disparo em 2023, a Casa informou que iniciaria o processo para retirar a honraria.
Na época do caso, Raimundo Nonato atuava como investigador da Polícia Civil do Amazonas. O g1 questionou o órgão para saber se ele ainda integrava ativamente o quadro da corporação, mas não obteve resposta até a atualização mais recente desta reportagem.
A Federação de Jiu-Jitsu do Amazonas (Fjjam) emitiu uma nota lamentando o falecimento do mestre na modalidade e se solidarizou com familiares, amigos e alunos de Machado.
“Mestre Nonato foi um dos grandes nomes do Jiu-Jitsu amazonense, fez vários campeões nacionais e internacionais. Seu legado permanecerá vivo nos tatames e na história da nossa arte suave”, diz trecho da nota.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/M/H/KuGJ9ZTB6AVwKCLBFU7w/whatsapp-image-2023-08-20-at-12.11.49.jpeg)
Decisão judicial
Em dezembro de 2024, o Tribunal de Justiça do Amazonas decidiu que Raimundo e a esposa, Jussana Machado, não seriam levados a júri popular. A Justiça entendeu que o caso não se tratava de tentativa de homicídio, mas sim de tortura, e por isso o processo seguiu outro rito.
Com a decisão, foi transferido, via distribuição eletrônica, à uma Vara Criminal Comum da Comarca de Manaus, que deve seguir com os trâmites judiciais até que sejam julgados por um juiz.
Na época, a defesa da babá agredida e do advogado baleado em briga com o investigado, lamentou a decisão do tribunal de que o casal não vai passar por júri popular.
O crime
De acordo com registros das câmeras de segurança do condomínio, a briga começou após a babá, que é funcionária de um advogado, passar ao lado do casal na saída do elevador do prédio onde Raimundo e Jussana viviam.
À Rede Amazônica, a funcionária da vítima disse que a mulher do então policial civil chegou a agredi-la verbalmente e, em seguida, partiu para agressões físicas.
O advogado, então, correu para apartar a briga entre as mulheres. Imagens do circuito interno de segurança registraram o momento em que o homem tentou controlar os ânimos.
A gravação mostra, ainda, o momento em que Raimundo Nonato repassou uma arma para a mulher. Com o revólver nas mãos, ela disparou contra o advogado, que foi atingido na panturrilha esquerda.
Fonte: G1
Curta nossa Página no Facebook