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Justiça

Mauro Cid e pai são alvo de investigação da PF por venda ilegal de presentes do governo em países estrangeiros

Foto: Reprodução

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A Polícia Federal (PF) cumpre nesta sexta-feira (11), mandados de busca e apreensão contra o general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Cid (filho) também é alvo da PF.

A operação também ocorre contra o ex-advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef.

Segundo informações preliminares, era o pai do tenente-coronel que tentava vender as joias em Miami, nos Estados Unidos. O tenente do Exército Osmar Crivelatti, outro ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também é alvo da operação.

Crivelatti foi responsável por “cuidar das joias sauditas e monitorar na fazenda do Piquet”. O acervo no local era composto por mais de 9 mil objetos, ocupam um espaço de aproximadamente 200m³ na Fazenda Piquet, localizada em região próxima ao lago Sul, área nobre de Brasília.

Segundo a PF, o militar e outros integrantes do governo investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues de presente por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, e vender em outros países.

A investigação apontou até o momento, que os valores obtidos dessas vendas ilegais foram convertidos para dinheiro em espécie e ingressados no patrimônio pessoal dos investigados.

A PF diz que o dinheiro era recebido por meio de pessoas interpostas e sem usar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.

Para as autoridades, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Os quatro mandados estão sendo cumpridos em Brasília, São Paulo (SP) e Niterói (RJ).

A operação, batizada de “Lucas 12:2”, “tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro”, disse a PF em nota.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal, que autorizou as buscas.

 

 

Fonte: CNN Brasil

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