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Manutenção de incentivos à ZFM já reflete na busca de empresas para se instalarem no PIM, diz Braga

Senador Eduardo Braga concedeu entrevista após visitar a Câmara Municipal de Manaus (Foto: Emile de Souza)

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O senador amazonense disse que a aceitação da reforma só foi crescendo no estado à medida que as garantias da ZFM foram mantidas

O senador Eduardo Braga (MDB) afirmou em sessão da Câmara Municipal de Manaus (CMM), desta segunda-feira (17), que a manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM) na Nova Reforma Tributária já reflete nas buscas das empresas em se instalarem no Polo Industrial de Manaus (PIM).

“Isso já pode ser sentido nas reuniões do Codam (Conselho de Desenvolvimento do Amazonas) e do Cas (Conselho de Administração da Suframa). Tem empresas iniciando consultas, manifestando o interesse de vir para o Amazonas. Em dezembro deste ano (2024), a Zona Franca de Manaus, o Polo Industrial, geraram 127 mil empregos diretos, além de mais de 600 mil empregos diretos e indiretos. A ZFM gera, em comércio e serviços, 350 mil empregos diretos”, ressaltou Braga.

O senador destacou que, com a garantia do modelo econômico na Reforma Tributária, o ambiente é “otimista” entre os empresários e que essa expectativa já é um dos resultados a curto prazo.

“A reforma é um projeto que vai trazer impactos no curto, médio e longo prazo. No curto prazo, é diante das expectativas. A economia é movida também por expectativas. Tanto é assim que já há um movimento muito forte de procura do Polo Industrial para novos investimentos, que deverão acontecer nos próximos anos em função da segurança jurídica. De igual modo, com relação ao comércio e ao serviço”, disse o senador.

Em médio e longo prazo, o senador explicou que serão feitas ações e aplicação da reforma, que fará a população sentir a redução nos preços. “No médio prazo, é que nós vamos começar a ter a simplificação da tributação, nós vamos começar a ter o fim da guerra fiscal, e isso tudo trará ganhos. E eu diria até redução em alguns produtos”, afirmou.

Braga ressaltou em seu discurso na tribuna que o Governo Federal está zerando os impostos em itens da cesta básica e que, para alguns produtos, terão políticas de cashback, que também chegarão no bolso dos consumidores.

“Em outros, nós teremos o cashback, o que vai desonerar para aqueles que podem menos, do ponto de vista econômico. Eles poderão gastar menos com produtos e serviços essenciais, como energia elétrica, água, esgoto, gás, internet, telefonia móvel, etc. Tudo vai ficar mais barato para eles, porque eles não vão mais pagar imposto, que hoje pagam sem saber sequer quanto pagam desse imposto”, disse.

O senador destacou a atuação dos senadores e deputados pela manutenção do modelo Zona Franca e que, agora com a garantia, a guerra fiscal acabará. “São Paulo, que representa 33% do PIB brasileiro, resolveu começar a questionar os créditos presumidos da indústria amazonense e começou a dar benefícios para as indústrias e tirar empresas de Manaus. Assim começou uma guerra fiscal de estado”.

Ele afirmou que, durante o período de discussão, a guerra fiscal fez com que outros estados também se tornassem concorrentes diretos do Amazonas, como o Espírito Santo. “Isso tornou o Porto do Espírito Santo o maior concorrente da Zona Franca de Manaus, sem produzir uma televisão, sem produzir sequer uma motocicleta”.

Braga destacou que, somente depois da garantia de manutenção da ZFM, o Amazonas começou a defender a reforma. “Antes, essa mudança afetaria de forma significativa o benefício fiscal do Polo Industrial de Manaus e até mesmo o comércio e serviços da cidade de Manaus. Durante anos, o Amazonas se posicionou contra essa medida”

O senador ressaltou que, a partir de agora, a população precisa de paciência para os resultados, com a transição feita até 2033. “Portanto, as perspectivas são muito positivas, mas nós teremos que ter paciência para a implementação no curto, médio e longo prazo, onde nós teremos, com certeza, grandes benefícios para o Brasil”.

Fundo de Compensação

O senador também falou sobre a definição do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais (FCBF). Ele ressaltou que o mecanismo criado para compensar empresas que recebem incentivos fiscais já está definido na Emenda Constitucional e que tem valor definido, mas que as discussões sobre os demais fundos de benefício ao Amazonas seguirão ao longo do ano.

Senador discursou durante sessão na Câmara Municipal de Manaus

Senador discursou durante sessão na Câmara Municipal de Manaus

“São 60 bilhões de reais corrigidos pelo IPCA. Agora, os dois fundos que ainda não têm definição de valores são o Fundo de Sustentabilidade e Inovação Econômica no Estado do Amazonas e nas áreas de livre comércio. São dois fundos, que nós esperamos ainda, no decorrer deste ano, na negociação desta regulamentação que estou relatando, a gente consiga implementar uma discussão com o governo federal para que haja o encaminhamento da lei que estabeleça os valores desses fundos, o que é muito importante para o Amazonas e para a Amazônia Ocidental”.

BR-319

O senador aproveitou sua ida à CMM para defender a BR-319. Segundo ele, a estrada é essencial para a logística do estado. “A BR-319 não é uma BR para passeio, como diz a ministra Marina Silva. É uma BR que representa a diferença entre a vida e a morte. Na pandemia, as carretas com oxigênio ficaram atoladas 5 dias na BR-319, enquanto os manauaras e amazonenses morriam por falta do oxigênio”, disse.

O senador afirmou que a rodovia deve receber alguns ajustes ainda este ano. “Eu diria que nós vamos ter algumas boas notícias este ano na BR-319. A entrega da ponte do Araçá, a entrega da ponte do Autaz Mirim, o início da ponte do rio Igapó Açú, o início do asfaltamento do trecho Charles, que vai do 198 ao 250”.

O senador também destacou que os diálogos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuam para conseguir as licenças ambientais para asfaltamento. “Todos nós estamos convencidos e esperançosos na palavra do presidente Lula de que ele fará a licença ambiental através do Ibama, através do ICMBio, através do Ministério do Meio Ambiente, do trecho do meio, para que a gente possa então licitar e iniciar essa obra de 400 quilômetros”.

Aproximação com os representantes federais

O presidente da CMM, David Reis, agradeceu ao senador Eduardo Braga por aceitar o convite e ressaltou que foi uma maneira de aproximar o legislativo municipal de decisões federais que afetam diretamente a população.

“A importância da vinda do senador aqui é justamente trazer para o parlamento municipal um assunto que é votado e decidido na capital federal, e aí, com a vinda do senador, temos a oportunidade dos vereadores de se aproximarem desse tema tão importante e que, na prática, depois da votação e aprovação, os reflexos positivos ou negativos serão sentidos nas cidades, que é onde as pessoas moram e exercem o seu dia a dia”.
 
 
Fonte:  A Crítica 

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