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Quem passava perto da Clínica Maternal del Iberá, na Cidade de Corrientes (Argentina), na tarde do último domingo (25), encontrava um carro estacionado com um bilhete para lá de curioso. “Não me multem, nem levem o carro. Estou quase parindo e estou sozinha. Piedade”, dizia o recado, escrito à caneta em um papel amarelo.
O pedido chamou a atenção não só dos pedestres, mas também de milhares de pessoas nas redes sociais. O caso foi parar nos portais de notícias locais e teve repercussão em todo o país. Em seu perfil no Facebook, a autora do bilhete, Jéssica Ferreyra Gomez, compartilhou as reportagens sobre o caso e se mostrou surpresa com a repercussão.
Jéssica mora na cidade argentina de Mercedes e, no último domingo (25) encarou sozinha mais de três horas de estrada até a clínica em que gostaria de dar à luz, a 250 km de distância. Quando chegou ao endereço, parou o carro e percebeu que ele estava mal estacionado. Sem tempo para manobrá-lo de novo, teve a ideia de escrever um bilhete para os policiais, pedindo para que ignorassem o erro e não rebocassem o veículo. Junto com a mensagem, a mãe desenhou uma carinha triste e um coração.
Nesta terça-feira (27), Jéssica finalmente compartilhou uma foto do bebê, o pequeno Segundo, e contou que, depois de deixar o bilhete no vidro do carro, tudo correu bem: ela conseguiu chegar a tempo à clínica e dar à luz com segurança, algumas horas depois.
Nas redes sociais, os internautas dividiram opiniões sobre a solução encontrada pela mãe. Enquanto alguns criticaram sua atitude e acreditaram que ela estava querendo se beneficiar da situação, outros se solidarizaram e elogiaram a decisão. “Ela teve tempo de escrever um bilhete, mas não teve tempo para manobrar melhor? Estranho…”, escreveu um. “Já pensou ter que manobrar enquanto está com contrações e um mal educado está buzinando no seu ouvido? São circunstâncias e é preciso ter respeito e empatia”, escreveu outro.
Outras pessoas também aproveitaram a oportunidade para compartilhar situações parecidas que já viveram. “Também me multaram nos dias que fiquei internada para parir. Quando estacionei estava com contrações e mais de 8 cm de dilatação. Fui [questionar o departamento de trânsito] com o laudo médico, para justificar que era um caso de força maior e me disseram que era meu problema e teria de pagar mesmo assim, que eu deveria ter procurado um estacionamento”, disse uma mulher.
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