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Justiça Federal condena suspeito de ordenar mortes de Bruno e Dom por falsidade ideológica, no AM

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A Justiça Federal no Amazonas condenou Rubens Villar Coelho, o “Colômbia”, por falsidade ideológica. Ele é suspeito de ordenar as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A sentença foi proferida na segunda-feira (12) pelo juiz Fabiano Verli, da Vara de Tabatinga e cabe apelação.

Segundo o juiz, “Colômbia” admitiu ter participado da confecção do documento ideologicamente falso, repassando a um funcionário público os dados falsos, fingindo ser brasileiro; e depois usou o documento na sede da Polícia Federal de Tabatinga.

“Colômbia” foi detido em flagrante em julho deste ano por uso de documentos falsos ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios. Ele negou envolvimento no crime.

Apesar de não confirmar participação nos assassinatos, uma das linhas de investigação da PF é de que “Colômbia”, é suspeito de chefiar uma quadrilha de pesca ilegal em áreas indígenas no Vale do Javari, no Amazonas, e investigado por envolvimento com tráfico de drogas.

Em outubro deste ano, a Justiça Federal concedeu liberdade provisória ao réu. No entanto, ele só foi solto após pagar fiança de R$ 15 mil. No entanto, como responde a outro processo criminal, “Colômbia” seguiu para a prisão domiciliar e é obrigado a usar tornozeleira eletrônica.

A pena de “Colômbia” foi fixada em dois anos de reclusão e 90 dias-multa. No entanto, como determina o Código Penal, a pena aplicada foi menor que quatro anos e o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça, houve substituição da pena privativa de liberdade em pena restritiva de direitos.

O réu deverá pagar R$ 15 mil, parceláveis em cinco vezes, e uma multa no valor de R$ 5 mil, também parcelável. O pagamento deve ocorrer no dia 10 do segundo mês após o trânsito em julgado da sentença, ou seja, quando não houver mais como recorrer das decisões judiciais no curso da ação penal.

Caso “Colômbia” não pague os valores, ele poderá ser preso por descumprimento.

Outros envolvidos

Outros três homens são investigados pelos assassinatos:

  • Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”;
  • Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Dantos”;
  • Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”.

Os três estão presos, em decorrência das investigações.

Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público Federal entendeu que os três homens devem ser julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

O MPF argumentou que Amarildo e Jefferson confessaram o crime. Disse ainda que a participação de Oseney foi mencionada em depoimentos de testemunhas.

O crime

Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

A polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.

*g1 AM

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