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Júri de vice acusado de matar prefeito é dissolvido após familiar falar em plenário sem autorização, no AM

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O júri popular de Hilton Laborda Pinto, eleito vice-prefeito de Novo Aripuanã (a 225 quilômetros de Manaus) no início dos anos 2000 e acusado de envolvimento no assassinato do então prefeito Adiel Meira de Santana, foi dissolvido, na terça-feira (8). A decisão ocorreu após uma familiar da vítima falar sem permissão no plenário. Um novo julgamento deverá ser marcado para 2023 (relembre o caso abaixo).

A ação que julgava a participação de Hilton Laborda e outras quatro pessoas na morte de Adiel estava sendo realizada desde segunda-feira (7), no Fórum Henoch Reis, Zona Centro-Sul de Manaus.

Por volta das 18h de terça (8), a sessão foi interrompida no momento em que o advogado Aniello Miranda Aufiero fazia a sustentação oral na defesa do réu Hilton Laborda. De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), na ocasião, uma mulher presente no plenário, que assistia à sessão juntamente com os familiares da vítima, levantou e se aproximou do Tribunal do Júri, e disse palavras como: “já se passaram 20 anos, não absolvam, eles têm dinheiro, não escutem o advogado!”.

A juíza Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo, que presidia a sessão, determinou que a mulher parasse de ser manifestar, mas ela não obedeceu. Por conta disso, ela precisou ser contida por um oficial de Justiça e policiais militares e levada para fora do plenário.

A sessão foi suspensa pela magistrada por cinco minutos.

No retorno, a defesa de todos os réus solicitou a dissolução do júri, alegando que a manifestação da mulher poderia influenciar a decisão dos jurados. A juíza atendeu ao pedido.

Com a decisão, uma nova sessão será pautada pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri. A previsão é para o primeiro semestre de 2023.

Entenda o caso

O então prefeito de Novo Aripuanã foi assassinado a tiros no dia 28 de agosto de 2002, na Praça de Alimentação do Conjunto Dom Pedro, na Zona Centro-Oeste de Manaus.

De acordo com o Ministério Público, o crime teria sido planejado para que Hilton Laborda assumisse a administração municipal.

Além de Hilton, estão sendo julgados os irmãos dele, Olímpio Laborda Pinto e Antônio Péricles Laborda Pinto; Sileno da Silva Araújo e Luiz Otávio Rodrigues Pereira.

Outros três réus – Edmundo Barbalho Pinto Júnior, Francisco das Chagas de Oliveira e Raimundo Erasmo Alecrim Ribeiro – morreram no decorrer Ação Penal e tiveram extinta a punibilidade.

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