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Estados Unidos reiteraram sua oposição a uma grande ofensiva terrestre israelense na cidade, mas disseram não acreditar que tal operação estivesse em andamento
Os tanques israelenses realizaram um segundo dia de ataques de sondagem em Rafah, nesta quarta-feira (29), depois que Washington disse que o ataque não representava uma grande incursão terrestre na cidade do sul de Gaza, a qual as autoridades norte-americanas haviam dito a Israel para evitar.
Os tanques israelenses avançaram para o coração de Rafah pela primeira vez na terça-feira (28), após uma noite de bombardeio pesado, desafiando um apelo da Corte Internacional de Justiça para encerrar o ataque à cidade, um dos últimos locais de refúgio em Gaza.
Os Estados Unidos, aliado mais próximo de Israel, reiteraram sua oposição a uma grande ofensiva terrestre israelense em Rafah, mas disseram na terça-feira não acreditar que tal operação estivesse em andamento.
Diferentemente das táticas usadas na ofensiva terrestre de Israel no restante do enclave, os moradores de Rafah disseram que os tanques israelenses fizeram incursões em Tel Al-Sultan, no oeste de Rafah, e em Yibna e perto de Shaboura, no centro, antes de se retirarem para posições próximas à fronteira com o Egito.
As alas armadas do Hamas e da Jihad Islâmica disseram que confrontaram as forças invasoras com foguetes antitanque e bombas de morteiro, além de explodir dispositivos previamente plantados.
Os militares israelenses disseram que três soldados foram mortos e outros três ficaram gravemente feridos em combate no sul de Gaza nesta quarta-feira, sem entrar em detalhes. A rádio Kan, emissora pública de Israel, informou que eles foram feridos por um dispositivo explosivo detonado em um prédio em Rafah.
Autoridades de saúde palestinas disseram que várias pessoas foram feridas na manhã desta quarta-feira por fogo israelense na área leste de Rafah, onde também disseram que alguns armazéns de ajuda foram incendiados.
Os moradores disseram que os constantes bombardeios israelenses durante a noite destruíram muitas casas na área, de onde a maioria das pessoas fugiu após ordens de retirada de Israel.
Alguns moradores relataram ter visto o que descreveram como veículos blindados robóticos não tripulados disparando metralhadoras em algumas partes da cidade.
A agência de notícias Shebab, pró-Hamas, bem como alguns residentes e jornalistas, relataram apagões na internet e nas comunicações móveis em algumas áreas do leste e do oeste, em meio ao pesado bombardeio aéreo e terrestre israelense. O Exército israelense disse que não podia confirmar os relatos.
No norte de Gaza, os tanques bombardearam vários bairros da Cidade de Gaza e as forças se aprofundaram em Jabalia, o maior dos oito maiores campos de refugiados históricos do enclave, com os moradores dizendo que grandes distritos residenciais foram destruídos pelo Exército.
Fonte: CNN
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