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Influenciador fitness Renato Cariani quebra o silêncio e se pronuncia sobre investigação de desvio de produtos químicos pela PF

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

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Após todo o turbilhão que virou sua vida de ponta-cabeça, Renato Cariani, o influenciador fitness que foi alvo de busca a apreensão pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (12), resolveu se pronunciar sobre o caso.

No Instagram, ele deu detalhes sobre a sua empresa, que é uma das investigadas pela corporação por desvio de produtos químicos para produção de drogas, e contou que não tem muitas informações sobre as acusações.

“Pessoal, tô vindo aqui pra poder esclarecer pra vocês, afinal de contas, tá rodando tanta notícia aí, tantas mensagens e eu preciso dividir com vocês o que realmente aconteceu. Bom, pela manhã eu fui surpreendido com o cumprimento de mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas em um processo”, começou ele, antes de afirmar que tudo corre em segredo, e, por isso, ele não tem mais informações.

Renato Cariani relatou, ainda, que seus representantes legais já estão tentando acesso: “Meus advogados agora vão dar entrada, pedindo pra ver esse processo. E, aí sim, eu vou entender o que consta nessa investigação. Eu sofri busca e apreensão porque eu sou um dos sócios. Então, todos os sócios sofreram busca e apreensão”, garantiu.

Em seguida, o influenciador fitness falou sobre a companhia da qual é sócio: “Uma dessas empresas da qual eu sou sócio, que é a empresa que está sofrendo investigação, ela foi fundada em 1981. Então, ela tem mais de 40 anos de história. É uma empresa onde a minha sócia, com 71 anos de idade, ainda é a grande administradora, a grande gestora da empresa e quem conduz a empresa. Uma empresa de sede própria, que tem todas as licenças, todas as certificações nacionais e internacionais, que trabalha totalmente regulada”, afirmou.

E continuou seu desabafo: “Então, pra mim, pra minha sócia e pra todas as pessoas, foi uma surpresa, como foi pra você também. Mas eu também quero agradecer, do fundo do coração, o carinho e a mensagem de cada um de vocês. De você, que conhece a minha história, que sabe o quanto eu trabalho, que eu divido todo dia aqui no meu Instagram, nos meus podcasts, como eu fui construindo cada uma das empresas, como eu trabalho todo dia. Muito obrigado pela mensagem de cada um de vocês, por cada mensagem, por todas as postagens, obrigado de verdade”.

No fim, Renato Cariani afirmou que assim que tiver mais informações sobre o processo, vai compartilhar com seus seguidores: “E logo que eu tiver acesso a esse processo, eu divido com vocês o que realmente foi, porque eu não tenho acesso por enquanto, tá bom? Mas eu tinha que dividir aqui com vocês o que foi”, encerrou.

A operação contra Renato Cariani

O influencer fitness Renato Cariani é alvo da Polícia Federal (PF) em operação com objetivo reprimir e desarticular uma organização criminosa que desviou produtos químicos para produção de drogas. As equipes cumprem mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (12/12), na Anidrol, indústria química na Grande São Paulo que tem Carinani como sócio.

A ação, batizada de Operação Hinsberg, tem apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), e da Receita Federal.

Mais de 70 policiais federais cumprem 18 mandados de busca e apreensão em endereços situados em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras.

Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da organização criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

As investigações revelaram, ainda, que os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos, tais como interpostas pessoas e constituição de empresas fictícias.

As pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro. As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão.

O nome da operação faz alusão a Oscar Hinsberg, químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Tal substância foi o principal insumo químico desviado.

 

 

 

Fonte: Metrópoles

 

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