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Eduardo Gonçalves da Silva de 22 anos, afirma ter sido esfaqueado por um homem, ainda não identificado, dentro do navio Preziosa, da MSC Cruzeiros, na madrugada do evento Numanice, promovido pela cantora Ludmilla no início do mês.
Ao Metrópoles, a namorada dele, Luana Souza de Andrade, diz que seguranças do navio tentaram abafar a ocorrência, que teria acontecido quando o jovem deixou sua cabine para buscar água. Ela conta que fez vídeos dele ferido, já na enfermaria da embarcação, o que teria provocado uma reação agressiva dos funcionários.
“Me viram gravando e pegaram meu celular. Mandaram apagar ou eles iriam apagar”, relata.
O casal mora na capital paulista e embarcou em Santos, no litoral sul, para curtir um cruzeiro, entre os dias 4 e 8, até o Rio de Janeiro.
A viagem oferecia uma série de shows, com a participação da cantora Ludmilla. Cansados por causa da maratona de atrações, o casal decidiu ir descansar em sua cabine.
Era a penúltima madrugada a bordo e Eduardo foi repor a água de um refil fora da cabine. Luana passou a aguardá-lo e, com a demora do namorado, começou a ficar preocupada.
Xingamento e ataque
Em depoimento à Polícia Civil, Eduardo relatou que foi até o restaurante principal do navio, onde havia um bebedouro. No local, segundo o jovem, havia um homem “bêbado” que “xingava todos que passavam pela mesa dele”. Eduardo teria respondido aos xingamentos, provocando uma reação violenta do suspeito.
O homem que estaria embriagado se armou com uma faca e partiu para cima do jovem, que conseguiu virar o rosto a tempo, impedindo que seu olho fosse atingido, segundo o relato.
O golpe acabou cortando a lateral esquerda da cabeça da vítima, provocando um grande sangramento, que manchou até os chinelos e a roupa íntima do rapaz, de acordo com Eduardo.
O agressor teria fugido logo em seguida e, desde então, a vítima não sabe seu paradeiro e identidade.
Sem ajuda
Eduardo afirmou que desceu dez andares do navio “sozinho”, sem apoio de nenhum dos funcionários que estavam no restaurante, até chegar à enfermaria, onde pediu socorro. Ele foi atendido e, para sua surpresa, o navio cobrou US$ 979 (cerca de R$ 4.800) pelo serviço.
O jovem acrescentou que a MSC Cruzeiros não teria “ido atrás” do agressor “nem deu as [imagens de] câmeras” para auxiliar na identificação do suspeito.
“O rapaz [suspeito] fugiu do navio ileso e eu ainda tive que ficar com uma dívida do tratamento médico”, afirmou a vítima.
Ao falar que não tinha como arcar com os custos do atendimento, o jovem afirmou ter sido “humilhado” ao ser obrigado a assinar um documento de “reconhecimento de dívida”, que ele não pagou.
O advogado Reinalds Klemps representa o casal e afirmou ao Metrópoles que irá processar a empresa, pedindo indenização por danos morais e materiais.
“Ficou claro que houve falha na segurança por parte das empresas envolvidas no evento. A responsabilidade é independente de culpa, mesmo que o dano tenha sido causado por um terceiro”, disse.
O MSC Preziosa, onde houve o ataque contra Eduardo, é o mesmo em que estava o DJ de 32 anos que caiu no mar após uma discussão, em 30 de dezembro de 2023. A Marinha suspendeu as buscas pelo corpo dele seis dias depois.
O que diz a MSC Cruzeiros
O Metrópoles questionou a MSC Cruzeiros sobre a suposta negligência no caso de Eduardo, a reação do seguranças do navio relatada por ele após o ataque e a cobrança de US$ 900 pelo atendimento médico, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: Metrópoles
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