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A 4 quilômetros da costa do Espírito Santo, existe uma ilha habitada por centenas de serpentes de uma espécie que até outro dia ninguém conhecia – e que já está ameaçada de extinção.
Elas moram na Ilha dos Franceses, mas bem que poderia se chamar Ilha das Cobras. E é para lá que o Fantástico embarcou, acompanhado de uma equipe encabeçada por seis pesquisadoras.
Estima-se que existam 1.200 cobras no lugar. Se esta projeção se confirmar, esta seria a ilha com maior densidade de cobras do país.
Ilha dos Franceses — Foto: Fantástico
Mas ainda há muito o que se descobrir sobre elas. Um estudo que só está começando. E empolga a bióloga Jane de Oliveira.
“Nada melhor que uma ilha para a gente encontrar desafios, né? Quando eu cheguei na ilha pela primeira vez, quando eu encontrei a Jararaca pela primeira vez, eu sabia que eu não ia sair daqui tão cedo”, diz.
A Bothrops sazimai é uma espécie exclusiva da ilha. Há milhares de anos, no continente, existia apenas a Jararaca – uma serpente bem conhecida. Mas com a subida dos oceanos, algumas ficaram isoladas na pequena ilha que se formou.
Então ela foi sofrendo modificações até se tornar tão diferente da outra a ponto de ser uma outra espécie.
Outras diferenças ainda precisam ser descobertas. As pesquisadoras querem tatuar todas as serpentes com uma tinta que brilha no escuro e acompanhar melhor a vida delas na ilha. E duas delas serão levadas para o continente.
“Coletamos um macho e uma fêmea. Então nós vamos levar para o Instituto Butantan e lá no instituto eles vão fazer outros estudos que não são possíveis aqui no campo, né? Estudos de observação, de comportamento, que não dá pra gente fazer aqui”, explica a bióloga.
*Fantástico
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