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O ministro Fernando Haddad se reuniu nesta quarta-feira (12) com Marco Paulo Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil; Planalto não deve adotar abordagem uniforme para importações e exportações
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta quarta-feira (12) com Marco Paulo Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, para discutir as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o aço e alumínio brasileiro. Durante a reunião, o ministro afirmou que, por ora, o governo brasileiro não tomará medidas retaliatórias. A equipe econômica está, neste momento, avaliando as implicações das tarifas e discutindo com o setor siderúrgico alternativas para lidar com a situação. Uma nota técnica será elaborada pela Fazenda e encaminhada ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) para dar suporte às negociações. No entanto, não há data para que o texto seja enviado.
Haddad destacou que o governo não irá adotar uma abordagem uniforme para a questão da importação e exportação de aço. Para as importações, será necessária uma defesa unilateral, enquanto para as exportações, a estratégia envolverá negociações diretas com os Estados Unidos. “O setor do aço pede providências tanto em relação às importações quanto às exportações, e obviamente que a estratégia não pode ser a mesma em um caso e no outro. No caso das exportações, envolve uma negociação, e o caso das importações envolve uma defesa mais unilateral”, pontuou o ministro.
Segundo Haddad, a estratégia brasileira será focada na negociação e defesa, alinhada com as orientações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estamos estudando propostas do setor, que tem toda legitimidade para sugerir soluções. Eles estão trazendo ideias muito consistentes sobre como podemos negociar”, afirmou o ministro. Ele também ressaltou que o comércio brasileiro de aço é equilibrado e rejeitou a visão dos Estados Unidos de que o Brasil estaria apenas revendendo aço, esclarecendo que as exportações brasileiras têm uma participação estratégica no mercado internacional.
O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, com exportações de 4,1 milhões de toneladas em 2024, conforme o Departamento de Comércio dos Estados Unidos. A expectativa é que o governo brasileiro se posicione oficialmente em breve sobre a taxação de 25% imposta pelo governo americano, após a análise das propostas e discussões em curso.
Fonte: Jovem Pan
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