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O trecho recebeu melhorias de fresagem, reciclagem do pavimento, aplicação de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) e nova sinalização.
O governo do presidente Lula da Silva anunciou nesta quarta-feira (9) a conclusão das obras de manutenção de 22 quilômetros da BR-319 entre Humaitá (AM) e Porto Velho (RO). De acordo com a Casa Civil, a estrada nesse trecho vai garantir “mais conforto e segurança para quem transita na região”.
Foram investidos nas obras R$ 39 milhões do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O trecho recebeu melhorias como fresagem, reciclagem do pavimento, aplicação de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) e nova sinalização.
No mês passado, em Manaus, o presidente Lula assinou ordem de serviço para início das obras de pavimentação de outro trecho de 20 quilômetros da rodovia no valor de R$ 157,5 milhões.
Por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), o governo também obteve uma decisão favorável do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que anulou a liminar que impedia a pavimentação do chamado trecho do meio da rodovia (entre os quilômetros 177,8 ao 655,7).
O asfaltamento desses 405 quilômetros vai garantir a trafegabilidade nos 885 quilômetros da estrada durante todo o ano.
O desembargador federal Flávio Jardim acolheu o recurso (agravo de instrumento) interposto pela União, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) contra a decisão da Justiça Federal do Amazonas.
No agravo, o Dnit alegou que o trajeto fica intransitável na época das chuvas, o que dificulta o deslocamento de pessoas e de produtos agrícolas na região.
“Sem a conclusão dessa obra, o tempo gasto entre as duas capitais por via terrestre é superior a sessenta horas. Já os custos anuais com a estrada chegam a R$ 220 milhões. Com a pavimentação a duração estimada é entre 10 e 12 horas”, diz o Dnit na peça.
O procurador Fernando Moreira, da Procuradoria Regional Federal da 1ª Região (PRF1/AGU), afirmou ser “importante a decisão que estabelece a licença prévia ambiental conferida e garante a continuidade da política pública em andamento”.
A decisão judicial menciona a crise de oxigênio do Amazonas, no auge da pandemia da Covid-19, que levou 60 pessoas à morte por falta do gás, e que foi importante para a decisão de retomar a obra da BR-319.
Outro fator é a crise climática, que secou os rios do Amazonas e está limitando a navegação de navios e balsas nos rios Amazonas, Negro, Solimões e Madeira. Sem a rodovia, o abastecimento da população poderá ficar comprometido.
Fonte: BNC Amazonas
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