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Um coronel da Força Aérea Brasileira foi assassinado no Rio Grande do Norte e a principal suspeita do crime é uma garota de programa que teria “assumido” a identidade da vítima, em mensagens enviadas a parentes e amigos do homem, como forma de acobertar o crime. De acordo com informações divulgadas pelo Fantástico, da Rede Globo, Jerusa teria contratado um matador de aluguel, identificado como José Rodrigues, para matar o coronel Roberto Perdiza.
As investigações da Polícia Civil do RN apontam que, seguindo o plano elaborado por Jerusa, Rodrigues teria se passado por motorista de aluguel. Ele pegou o casal na saída de um estabelecimento, no dia 30 de agosto do ano passado, período em que o crime foi executado. As últimas imagens de Perdiza mostram o coronel deixando seu apartamento, situado no bairro Ponta Negra, em agosto, para encontrar Jerusa.
O corpo da vítima foi encontrado três meses depois, num terreno localizado fora de Natal. Os dois suspeitos estão presos, acusados de latrocínio. Para a polícia. a morte ocorreu para que a garota de programa vendesse o apartamento de Perdiza e ficasse com o dinheiro.
Assumiu identidade da vitima
Uma semana após de encontro do coronel com Jerusa, o porteiro do edifício em que Perdiza morava estranhou a ausência do morador e telefonou para seus parentes, que vivem em São Paulo. Porém, no dia 7 de setembro, os familiares do militar aposentado afirmaram que estavam recebendo imagens e mensagens dele, inclusive com fotos suas na piscina do condomínio.
Estranhando a ausência do amigo, um advogado resolveu telefonar para Perdiza, mas foi Jerusa quem atendeu. Ela afirmou que o ex-coronel ligaria para ele em breve. “Como ela não tinha família em Natal, ele ofereceu o apartamento como moradia”, completa o advogado, que abriu um Boletim de Ocorrência.
Ao ser ouvida pela polícia, a garota de programa negou morar com Perdiza e afirmou que também estava começando a ficar preocupada. Os parentes, porém, continuavam recebendo mensagens e fotos enviadas do celular da vítima. A mulher chegou a enviar um áudio do celular do coronel para o advogado amigo dele, mas o homem percebeu que se tratava de um recorte de uma outra gravação enviada por Perdiza meses antes.
Depois, ainda sob a identidade do ex-coronel, ela passou a enviar mensagens como “me deixem em paz” e “estou no Rio de Janeiro“. Ao delegado do caso, a suspeita afirmou que falou com Roberto por vídeo-chamada, quando ele teria confirmado a estadia em terras fluminenses.
Os agentes da PC descobriram, no entanto, que Jerusa estava retirando dinheiro da conta do companheiro e tentava vender o imóvel do coronel. As defesas de Jerusa e de José Rodrigues negaram todas as acusações.
*O Liberal
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