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O Flamengo está no centro de uma controvérsia após a iminente contratação de Rodrigo Paiva como chefe da assessoria de imprensa do Departamento de Futebol. Paiva, ex-diretor de Comunicação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi demitido da entidade após acusações de assédio sexual que ainda tramitam na Justiça.
Histórico das acusações
Rodrigo Paiva foi mencionado em um processo trabalhista movido por uma ex-dirigente da CBF, que detalhou episódios de assédio moral e sexual durante seu período na confederação. Em agosto de 2024, a 2ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro condenou a CBF como ré na ação.
Na sentença, o juiz Leonardo Almeida Cavalcanti destacou que os comportamentos atribuídos a Paiva refletem a misoginia estrutural da sociedade. As mensagens enviadas pelo ex-diretor à autora do processo incluem elogios repetidos e convites para encontros fora do ambiente de trabalho, mesmo sem reciprocidade.
Reações à contratação
A possível chegada de Paiva ao Flamengo gerou resistência interna e manifestações contrárias de torcedores e integrantes do clube. A bancada feminina do Conselho Deliberativo expressou, no X (antigo Twitter), “indignação” com a nomeação de um profissional envolvido em denúncias graves de assédio.
“Essa contratação demonstra desrespeito com pautas delicadas e traz insegurança para mulheres que fazem parte do Flamengo e o apoiam”, diz trecho da nota divulgada pelo grupo.
Posicionamento de Paiva
Em nota, Rodrigo Paiva negou as acusações, afirmando que nunca foi parte do processo trabalhista e que sua relação com a ex-dirigente sempre foi profissional. Seus advogados classificaram as notícias como descontextualizadas e prometeram medidas legais contra a divulgação de informações sigilosas.
Silêncio do clube
O Flamengo, por sua vez, evita comentar o assunto. Ricardo Hinrichsen, novo vice-presidente de Marketing e Comunicação, declarou que a decisão é de responsabilidade do Departamento de Futebol.
A contratação de Rodrigo Paiva ocorre em meio a um cenário de cobrança por maior compromisso dos clubes com questões éticas e sociais. Resta saber como a gestão do Flamengo lidará com a pressão crescente e as repercussões dessa escolha.
Com informações do Metrópoles
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