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Famílias que moram em flutuantes acionam Defensoria para suspender retirada de estruturas em Manaus

Famílias acionam DPE-AM para suspender retirada de flutuantes do Tarumã, em Manaus — Foto: Márcio Silva/DPE-AM

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De acordo com a Defensoria, nem todos os donos de flutuantes foram notificados no processo, logo, não há como prosseguir na retirada das estruturas.

Mais de 250 famílias residentes de flutuantes do Tarumã-Açu, na Zona Oeste de Manaus, acionaram a Defensoria Pública (DPE-AM) para suspender uma decisão judicial que determina a retirada das estruturas do local. Na quinta-feira (29), a justiça deu um prazo de 10 dias para que as estruturas sejam retiradas do local e desmontadas.

Segundo a DPE, os defensores estão buscando uma ação anulatória na justiça para assegurar as residências e o patrimônio construído pelas pessoas que moram no local. Dados do órgão apontam que cerca de três mil pessoas podem ser impactadas com a retirada dos flutuantes.

Ainda de acordo com a Defensoria, nem todos os donos de flutuantes foram notificados no processo, logo, não há como prosseguir na retirada das estruturas. “Necessário destacar que, dos 74 réus originais, apenas 52 foram localizados e devidamente citados, conforme atestado pelo Oficial de Justiça. Mais ainda: dentre os citados, apenas o Município de Manaus e dois proprietários de flutuantes apresentaram defesa nos autos”.

Justiça acionou PM para ajudar prefeitura na retirada de flutuantes do Tarumã, em Manaus — Foto: Janailton Falcão/Amazonastur
Justiça acionou PM para ajudar prefeitura na retirada de flutuantes do Tarumã, em Manaus — Foto: Janailton Falcão/Amazonastur

Inclusão no processo

A presidente da Associação de Moradores da Marina do Davi, Sara Guedes, de 39 anos, também apontou falhas no processo judicial. Ela disse que, a princípio, a sentença sobre a retirada de flutuantes não incluía os moradores do Tarumã-Açu.

Presidente da Associação de Moradores da Marina do Davi, Sara Guedes — Foto: Márcio Silva/DPE-AM
Presidente da Associação de Moradores da Marina do Davi, Sara Guedes — Foto: Márcio Silva/DPE-AM

Outra alegação da associação trata sobre a poluição que envolve os flutuantes do Tarumã-Açu. Segundo Sara, os dejetos descartados no rio vêm de outros locais, como por exemplo do Igarapé do Gigante, que corta mais de 13 bairros da capital.

“Lutamos para mostrar às autoridades que nós não estamos poluindo o local onde moramos, nossas residências estão à margem do igarapé do Gigante, onde a população em geral descarta os resíduos poluidores”, finalizou a representante.

Cronograma da retirada

Segundo o juiz, a retirada dos flutuantes da Orla do Tarumã-Açu agora precisa seguir três etapas:

  1. A comunicação da retirada, através de empresas de comunicação e de dois outdoors instalados próximos a Marina do Davi e a Praia Dourada;
  2. A verificação dos flutuantes que estiveram tombados no rio, desabitados ou abandonados, para que sejam os primeiros a serem desmontados.
  3. O início da retirada dos flutuantes após 10 dias úteis da comunicação.

Ainda conforme o magistrado, a prefeitura tem até o dia 31 de março para informar e comprovar à justiça a ação de retirada e de desmonte dos flutuantes. Caso contrário, o município será condenado a pagar a multa de R$ 15 milhões solicitada pelo MP.

 

 

 

 

 

 

Fonte: G1 AM

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