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O comércio entre Brasil e Estados Unidos movimentou R$ 436 bilhões em 2024 (valor FOB, que considera os custos até a saída da mercadoria do local de origem), registrando um crescimento de 8,2% em relação ao ano anterior, segundo dados da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Com esse volume expressivo, os Estados Unidos se mantiveram como o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China.
As exportações brasileiras para os EUA totalizaram R$ 217,2 bilhões, um aumento de 9,2%, superando o crescimento das vendas para outros mercados, incluindo União Europeia e China. Esse desempenho bateu o recorde anterior de R$ 201,5 bilhões, registrado em 2022.
As importações de produtos norte-americanos pelo Brasil somaram R$ 218,8 bilhões, um crescimento de 6,9% em relação a 2023.
Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pela compra de gás natural, reflexo da estiagem prolongada e da redução na geração hidrelétrica no país.
Os Estados Unidos permaneceram como a segunda maior origem das importações brasileiras, representando 15,5% do total adquirido pelo Brasil no exterior.
Mesmo com o forte desempenho das exportações, a balança comercial registrou um déficit de R$ 1,6 bilhão para o Brasil em 2024.
Tradicionalmente, os EUA levam vantagem na relação comercial, mas esse déficit vem diminuindo nos últimos dois anos, atingindo, em 2024, o menor saldo negativo da série histórica, reflexo da queda nas importações em relação a 2022.
Setores em ascensão
A indústria de transformação desempenhou um papel fundamental na expansão do comércio em 2024, representando 78,3% das exportações brasileiras.
As exportações industriais brasileiras para o mercado norte-americano alcançaram o valor recorde deR$ 170,32 bilhões, um aumento de 5,8% em relação a 2023.
Os Estados Unidos se consolidaram como o principal destino dos produtos da indústria brasileira, com 17% do total exportado pelo Brasil para esse mercado.
Houve também um aumento de 36,9% nas exportações agropecuárias e de 21,1% na indústria extrativa.
Entre os dez principais produtos exportados para os EUA, destacaram-se o petróleo bruto com aumento de 23,1%, aeronaves 36,2%, café não torrado 67,6%, ferro não ligado 6,6% e carne bovina 103,5%.
O aumento nas vendas de carne bovina foi impulsionado pela seca nos EUA, que prejudicou a qualidade dos pastos e reduziu o rebanho norte-americano.
No que diz respeito às importações, o aumento da compra de gás natural foi um fator determinante, com a participação desse produto passando de 9,5% para 11,2%.
A indústria de transformação se manteve como o setor mais representativo nas importações brasileiras originárias dos EUA, alcançando 88,1% do total importado.
Desafios e Perspectivas para 2025
Para 2025, as perspectivas são otimistas, com a expectativa de que o fluxo do comércio bilateral se mantenha robusto, impulsionado pelo crescimento econômico em ambos os países.
Organismos internacionais preveem uma expansão de 3% no comércio internacional em 2025.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos crescerá 2,7% e a economia brasileira aumentará 2,2%, o que deverá estimular a demanda por produtos importados.
Fonte: RealTime1
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