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Maduro, que está no poder desde 2013, é acusado pelos Estados Unidos de integrar o Cartel de Los Soles
EUA – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos voltou a divulgar na última sexta-feira (25) a oferta de uma recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
A iniciativa, amplamente divulgada pela Administração de Repressão às Drogas (DEA), faz parte de uma estratégia para combater o que os EUA classificam como atividades de narcoterrorismo lideradas pelo governo venezuelano.
Maduro, que está no poder desde 2013, é acusado pelos Estados Unidos de integrar o Cartel de Los Soles, um grupo criminoso supostamente liderado por ele e outros altos funcionários do governo venezuelano.
Segundo o Departamento de Justiça, o cartel colabora com organizações terroristas estrangeiras, como o Tren de Aragua, da Venezuela, e o Cartel de Sinaloa, do México. As acusações incluem:
Conspiração com narcoterrorismo;
Importação de cocaína; e
Uso e transporte de armas em apoio ao tráfico de drogas.
De acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA, também divulgado na sexta-feira, o Cartel de Los Soles corrompeu instituições venezuelanas, como as forças armadas, o sistema de inteligência, o legislativo e o judiciário, para facilitar o tráfico de narcóticos para os Estados Unidos.
Além de Maduro, os EUA buscam informações sobre Diosdado Cabello, ministro do Interior, Justiça e Paz, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, com recompensas de US$ 25 milhões e US$ 15 milhões, respectivamente.
A acusação do Departamento de Justiça também aponta que Maduro coordenou carregamentos de cocaína com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), uma organização considerada terrorista pelos EUA, e forneceu armas de nível militar para o grupo.
Sanções
Ainda na sexta-feira, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro norte-americano, classificou o Cartel de Los Soles como uma organização terrorista estrangeira.
A medida bloqueia bens do grupo nos EUA e proíbe transações com cidadãos norte-americanos, sob risco de penalidades civis ou criminais.
Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, a sanção procura expor a suposta facilitação do narcoterrorismo pelo regime de Maduro.
As tensões entre os EUA e Maduro se intensificaram após a eleição presidencial de julho de 2024 na Venezuela, considerada fraudulenta pelos Estados Unidos e outros países.
Maduro assumiu um terceiro mandato apesar de evidências de que seu adversário, Edmundo González, venceu com ampla margem, de acordo com registros de votação disponíveis publicamente.
Os EUA reconhecem González como presidente eleito e pedem que Maduro deixe o poder.
Aumento da recompensa
A recompensa por Maduro foi inicialmente fixada em US$ 15 milhões em 2020, durante o governo de Donald Trump, quando o presidente venezuelano foi indiciado por narcoterrorismo e tráfico de cocaína.
Em janeiro deste ano, sob a administração de Joe Biden, o valor foi elevado para os atuais US$ 25 milhões.
Na época, John Kirby, então porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse que o aumento da recompensa era parte de uma mensagem de solidariedade ao povo venezuelano e busca intensificar a pressão internacional sobre Maduro.
Fonte: D24am
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